quarta-feira, novembro 21

Eu e os conhecimentos gerais

Sempre tive problema com história na escola. Até hoje não sei como passei nas provas, mas não sei nada sobre a história do Brasil ou do mundo. Não sei quando alguém fez alguma coisa. E, pelo que ouço, houveram várias pessoas, que fizeram várias coisas em vários períodos ao longo dos séculos.
Esse detalhe sempre foi uma daquelas coisas que não gosto muito de falar por aí e também é a causa de eu frequentemente não saber que os feriados estão chegando.

Por conta disso, acho que eu não levaria muita coisa para casa se participasse do Show do Milhão. Nem passaria por aquelas provas apertadas de "conhecimentos gerais" que aparecem no O Aprendiz. E também não iria fazer um bom trabalho nesses concursos públicos (e é importante ressaltar que, por enquanto, não tenho o MENOR interesse em participar) nem em vestibulares e afins.

Não sei bem o porquê disso. Talvez meus professores não tenham conseguido tocar nesses assuntos de uma forma que me despertasse o interesse, talvez seja apenas chato ou eu tenho algum problema. Fora os efeitos que destaquei acima, frequentemente me pego pensando nas consequências negativas desse meu "problema"  pela vida. Não tenho recordações de ter conversado com alguém, em qualquer lugar, sobre assuntos relacionados à história do Brasil ou do mundo. Também não me lembro de ter ouvido alguma conversa sobre isso e ficado de fora pela ignorância no assunto. Já a geografia é mais comum. Também nunca me interessei por ela, mas vez ou outra ouço as pessoas falando de cidades ao redor do mundo, que todo mundo conhece, e eu fico meio perdido. Mas ainda assim não é algo que me incomode tanto. Só me incomoda um pouco porque não gosto da sensação de não saber de alguma coisa, mas como estou ciente que nunca irei saber tudo, fico tranquilo.

Também nunca me envolvi muito com política (e tenho a impressão que já postei algo relacionado) nem me preocupei em ler os jornais e saber quem morreu, quem casou, quem desapareceu etc. Certa vez uma entrevista de emprego não deu muito certo por isso. E só, até onde me lembro. Mas não quer dizer que foi ruim, talvez eu nem ficasse por lá mesmo.

Apesar de tudo isso, eu continuo meio resistente a ideia de mudar "essa minha característica" (ou tentar) porque ainda acredito que mais importante que saber um pouco sobre coisas que não tenho o menor interesse, é saber o máximo que eu puder sobre o que tenho interesse e que pode me ser útil.
Saber quem começou a Guerra do Pistache com certeza não irá me ajudar a desempenhar meu trabalho melhor, não vai fazer o código simplesmente surgir na minha cabeça. E eu gosto do que eu faço. Gosto de escrever código (para quem não sabe, é o que faço da vida: programas). Isso me dá dinheiro e me faz sentir ativo. Ainda não me dá aquela sensação de estar fazendo algo de útil para a sociedade (e essa é uma das coisas que busco), mas muitas pessoas já usaram suas habilidades nessa área para fazer alguma coisa boa. Estou apenas esperando uma epifania.

Não acho que tenha algo errado em simplesmente focar naquilo que se quer fazer. Acho errado a sociedade  pressionar para que todo mundo saiba aquilo que todo mundo acha certo e pronto. Também não estou pregando que ninguém deva se aventurar nessas áreas que para mim são desconhecidas, senão iremos, com certeza, cometer novamente os erros que cometemos anteriormente e aprendemos que eram ideias erradas. Estou dizendo que o fato de eu saber ou não que dia 2 de janeiro é feriado não faz assim tanta diferença para o mundo.

Talvez um dia eu seja mais minucioso ao discutir esse assunto, mas por ora ficamos assim.
Ontem comecei a escrever algo aqui, mas...

segunda-feira, novembro 19

Sou apenas orgulhoso. E tenho uma boa memória para o que de ruim acontece, infelizmente. Pergunte a qualquer um.
E não consigo me forçar a esquecer certas coisas. Já outras vão embora antes que eu possa anotar. E aí li num lugar que não se deve fazer promessas quando estamos felizes (ou algo minimamente parecido). E deve ser numa dessas imagens bobocas que o povão posta no Facebook. Algumas escapam. E acabo constatando que certas coisas deveriam ter passado por mim antes, como a tal frase. E esta música.


terça-feira, outubro 23

I'm back

Vários posts por aqui começam com essa ladainha de "faz tempo que não venho aqui". Fazer o que.
Estou desmotivado, cansado, enganado, incompreendido... Bastante coisa acontecendo por aqui, nenhuma delas boa, entretanto.
Tento manter-me otimista. Nem sempre consigo, mas volta outra vez depois de dormir.
Também não li o que escreveram, sobre o que falaram. Achei que já havia coisa demais para eu me distrair ao longo dos dias. Estava enganado, talvez faltasse organização.
Agora vou tentar mudar um pouco essa coisa, mas sem ser muito revelador. Se for, irei me lembrar do que não quero e aí a coisa não vai ficar boa.

sexta-feira, agosto 17

Por que gosto dessa música?


Uma vez, em 2000, estava voltando para casa da escola com alguma amiga. De repente ela perguntou sobre meu gosto musical. Na época eu não ouvia nada, não ligava para nada. Disse que não gostava de nada em particular, sequer ouvia alguma coisa. E era assim.

No decorrer dos anos, acabei pensando nessa pergunta algumas vezes, principalmente quando me deparava com minha resistência às músicas novas. Justificava como medo, sabe? Já devo ter dito isso para algumas pessoas, postado no Facebook...

Hoje penso um pouco diferente. Na realidade percebo que frequentemente acabo procurando músicas de alguns anos atrás ao invés de conhecer coisas novas. Ou continuo ouvindo sempre a mesma coisa. Acontece que quando vou ouvir de fato as músicas que tenho por aqui, procuro pelo que sentia na época na qual as ouvi pelas primeiras vezes. Geralmente acabo gostando mais das músicas quando estou passando por bons momentos quando as conheço. Estas que busco na minha "velha" coleção me levam de volta àquele tempo feliz. No final é o que procuro, provavelmente por não estar num bom momento.

Outras vezes ouço só para ter algo fazendo algum som enquanto trabalho ou faço outra coisa qualquer. Estes são os momentos sensíveis. Se estou num bom momento, a música do momento será procurada num futuro próximo na busca por conforto emocional. Se estou num momento não tão legal, sei que ela não está na lista das mais ouvidas durante o ano.

Afinal era medo mesmo (a coisa com as músicas novas). Não saber exatamente qual é o momento e a quais emoções as músicas novas irão se associar...

terça-feira, agosto 7

Venha me conhecer

"Ah, se as pessoas viessem com manual de instruçoes"
Sabe o que é isso? Superguidis. Acho que preciso fazer o meu. Desde meu maior envolvimento com as comunidades no Orkut, vivia lendo pessoas reclamando das minhas respostas, dizendo que eu deveria ser mais humilde. Eu sempre ficava incomodado com essa "recomendação". A palavra "humildade" me incomoda. A questão é: faziam as perguntas, alguns se atreviam a responder, ninguém resolvia o problema, eu respondia, o problema era resolvido. Ponto. Que mais estas pessoas querem da vida? Veja só, usei grande parte do meu tempo lendo, pensando e pesquisando para desenvolver o pouco conhecimento que tenho. O sujeito não fez o mesmo, ao menos não na área específica tratada na comunidade, faz uma pergunta qualquer, sem pensar em ir ao Google primeiro, e quando respondo ainda fica de mimimi? Sacanagem, hã? Sim, é a primeira vez que escrevo mimimi. Soa esquisito saindo da minha boca, não é? Por isso eu tenho um blog e não um vlog ;)
Apareceram alguns que aparentemente estavam mais interessados no conhecimento que eu tinha a oferecer e falaram numa boa. Com alguns até ficaram para conversar depois. Um, inclusive, fez um comentário bastante duro a respeito do meu comportamento em certa enquete, mas até hoje fala comigo numa boa, me pergunta alguma coisa que queira saber, eu pergunto também.. Estamos indo bem. Ele, imagino, sabe que sei dar respostas duras, que sei dizer que ele deve procurar tal informação no Google primeiro e que certos assuntos eu não vou discutir, mas ainda assim posso levar a algum lugar.

Eu contei aqui outro dia de alguns problemas que as pessoas parecem ter com a compreensão do que digo. Bom, dei uma procurada aqui nos posts passados e aparentemente não contei. Não tem problema, conto agora, é rapidinho.

Certa vez estava de saída do trabalho, quando na porta um colega me perguntou algo. Não lembro exatamente o que era, sei que respondi alguma coisa e falei que estava indo cuidar da minha vida. Ele interpretou que eu estava dando uma resposta grosseira, com más intenções. Já na minha cabeça, estava apenas comunicando que eu iria passar minha noite cuidando dos meus assuntos cotidianos. Falando com uma pessoa ou outra, lendo uma notícia ou outra, iria jantar, me banhar, fazer cocô... O básico. Não me lembro se foi naquele momento ou numa ocasião posterior, mas acabamos esclarecendo isso. O caso é que sempre digo que eu vou cuidar da minha vida, porque eu vou. Não tem nada de mais, tem? Depois de um tempo lembrei que num trabalho anterior tive a mesma situação. A guria me perguntou algo, eu respondi, disse que ia cuidar da minha vida e ela disse algo como "nossa, quer dizer que você está falando que eu deveria cuidar da minha e te deixar em paz?". Percebe? De onde ela tirou isso? Não quero dizer o que as pessoas devem fazer da vida delas, assim como não quero ninguém me dizendo o que fazer da minha. Estava apenas dizendo o que EU iria fazer da minha noite. Não sei de onde as pessoas tiraram essa mania de querer ver segundas intenções em absolutamente tudo que é dito. Eu não sou assim, não tenho segundas intenções, não faço "jogos" nem nada. Eu falo e pronto. Se eu não falo nada, não tem nada. Pare de assumir as coisas, isso não faz bem. Gaste o tempo de processamento do seu cérebro pensando em coisas mais úteis, sei lá. Imaginar minhas possíveis segundas intenções é, com toda certeza, perda de tempo.

Outro dia soube que uma colega de trabalho estava muito nervosa comigo por alguma razão. Não souberam me dizer o porquê e ela também não me deixou perceber isso, mas, pelo que soube, se resolveu. É que geralmente quando me pedem uma coisa, eu só faço logo de cara se for algo coerente na minha opinião. Se não for, eu questiono e tento resolver isso antes de partir para ação. Veja bem, se me pedem alguma coisa, imagino que seja porque a pessoa não consiga resolver o problema sozinha, ou não é exatamente a "praia" dela... Se ela pede para mim, talvez seja porque eu seja mais adequado para a tarefa, certo? Então se eu, nessa posição, tenho algum problema com a abordagem que me foi apresentada, não faz sentido discuti-la para tentar fazer o melhor? Veja, se acho que não faz sentido o que você está me dizendo, pode ser que eu não tenha entendido bem, aí preciso perguntar para você me explicar mais uma vez, ou você não está vendo bem as coisas, aí meus questionamentos são para tentar uma abordagem melhor e assim a tarefa ser melhor executada. Tentar fazer o melhor, sabe? É o que penso, porém algumas pessoas não compreendem bem isso. Acham que eu me recuso por qualquer outra razão, menos querer ajudá-la.

E hoje aconteceu de novo. A guria mandou um e-mail, eu fiz um comentário a respeito de um detalhe sobre o que ela escreveu, ela pareceu interessada, então mostrei como poderia ter escrito aquilo de uma maneira que fizesse mais sentido (não que estivesse completamente errado, mas é um detalhe que eu noto e provavelmente outras pessoas também). Longe de mim ser um grande conhecedor das nossas regras gramaticais, mas alguma coisa eu sei, não é? Aí ela me responde "no próximo quem sabe eu alcanço as expectativas de raciocínio". Algo me diz que ela não ficou muito satisfeita, não é? O que parece para você? Sei que ao menos ela fez um comentário sobre, mas... enfim.

Há algum tempo andei conversando com meu novo colega de trabalho. Ficamos ali, lado a lado, o dia todo, então é natural. Ele não tem tanta experiência na nossa área de trabalho, então fica difícil discutir questões técnicas com ele. Então fazia perguntas aleatórias para conhecê-lo um pouco mais. De repente eu pergunto "como o PHP entrou na sua vida?". Daí ele responde, perdemos uns 10 minutos discutindo isso, depois volto a me concentrar nas minhas atividades, músicas e agradável diálogo com meu eu interior. Passa um tempo e solto outra questão. Em algum ponto da semana passada, alguém da sala vizinha disse algo do tipo "ah, o fulano está sofrendo com o Luís". Não acho que uma conversa saudável sobre a vida profissional do garoto seja tão sofrida assim, mas, de toda forma, como tenho esse histórico de más interpretações, resolvi mudar minha abordagem para evitar ainda mais comentários. Não pergunto mais nada. Fico cuidando da minha vida, com a minha música e meu trabalho e ele fica com o dele. Podemos passar o dia todo sem dar uma palavra. Eventualmente ele me procura para tirar uma dúvida e eu gosto sempre de explicar a coisa completa, não simplesmente falar "põe isso aqui que resolve". Ele está cru, precisa entender um pouco mais de como as coisas funcionam, assim como fizeram comigo quando eu era mais novo nesses assuntos complicados de computador. Não sei se está melhor ou não pra ele, mas ao menos acho que não ouvirei mais reclamações. E se ouvir também, vou mandar pro inferno :D haha. Não, eu não vou.

E novamente, voltando ao mundo do trabalho... uns meses atrás consegui ferir o ego de alguém que acha ter poder em qualquer lugar que vai. Pense numa prefeitura e depois no responsável por um departamento qualquer. Era esse o sujeito. Tivemos certo desentendimento alguma vez, não lembro porque, mas tenho a impressão que o motivo era ele querer ditar como eu, de um departamento completamente diferente, deveria fazer o meu trabalho. Trabalho esse que: a) o sujeito não tem ideia de como é/deve ser feito; b) não é de sua  "alçada". Não permiti que isso acontecesse e ele ficou meio revoltado, mas eu não ligo. Sei que um tempo depois ele foi nos visitar, cobrando algumas coisas. Eu expliquei a situação de forma educada e coerente, e ele perguntou de outro material que estava ali na sala. Eu respondi o que era, daí ele queria saber mais detalhes. Respondi eu não sabia se aquela informação lhe era pertinente. O homem ficou, como dizia um amigo, indócil. Saiu reclamando para Deus e o mundo. Sabe o que é isso, não é? Acha que é o dono do mundo e que todos devem fazer o que ele manda por ter meia duzia de funcionários a sua disposição. Isso acontece bastante, é triste. Tenho pena dos funcionários e do babacão que faz esse tipo de coisa. Algo que todos devem saber sobre mim é isso: pseudo-autoridade não quer dizer nada para mim. Se quiser meu respeito, tem que fazer por merecer. Em ambiente de trabalho, eu ligo para o trabalho. Se o seu trabalho for bom, eu te respeito. Se você souber o seu lugar, eu te respeito. Se você quer meter o dedo no meu pedaço, eu vou fazer de tudo para tornar a estadia do seu dedo bastante desconfortável. E, acredite, consigo ser bastante burocrático quando eu quero e nada aborrece mais as pessoas que burocracia desnecessária, não é? Aliás esse negócio de prefeituras e tal... Complicado, não é? O sujeito deve ter passado 40 longos anos da vida dele puxando saco de um monte de gente tão babaca como ele e agora quer que os outros puxem o seu. Bom, não eu, colega. Só se você me der um soco na boca. Ou ameaçar me dar um soco na boca, sou covarde, hehe.

Por ora não estou mais lembrando de outras situações. Acho que no final, tudo se resume a alguns pontos chave:

  • Não tente ver segundas intenções em minhas palavras. Eu digo o que quero dizer e o que quero dizer é o que digo. Se não disse, é porque não quero dizer ou porque não penso assim. Seja como for, não perca tempo tentando entender completamente meu modo de pensar. Você pode até conseguir, mas como ter certeza? Vá tomar uma cerveja no lugar e me deixe em paz;
  • Se me nego a fazer algo, ou é porque você não entendeu bem o seu problema ou sua explicação não foi muito convincente. Seja como for, só conversando que a gente se entende. E estou sempre aberto a discussões, mas detesto quem fique rodando o tempo todo nas mesmas afirmações. Tente usar argumentos diferentes. Você quer que eu entenda ou fique cansado?
  • Não gosto de muita gente, acostume-se com isso. Não é por isso, entretanto, que serei extremamente desagradável com essas pessoas. Elas me respeitam, eu as respeito, simples assim. Mas também não vou ficar puxando conversa (vide tópico abaixo);
  • Não gosto de jogar conversa fora;
  • Sempre que eu disser qualquer coisa e você achar que estou sendo desagradável, pense que eu provavelmente não isso e que tudo o que eu lhe digo é com muito amor e carinho.
Hoje sem música, estou cansado demais já. Fiquei muito tempo escrevendo esse post aqui e ainda terei que dar uma lida para ver se não falei coisa que não devia. Na boa?

quinta-feira, agosto 2

Esmaltes

Olha, eu nunca entendi muito de maquiagem, cabelo, sapatos, roupas e nem nada do universo feminino. São criaturas muito complexas para meu pobre cérebro de programador de computadores. Nunca entendi, por exemplo, o fascínio que elas têm por esmaltes exageradamente coloridos. Apesar disso sempre respeitei e deixei pra lá. Semana passada, entretanto, vi algo que me deixou completamente perplexo: a guria pintou 8 dedos das mãos de uma cor e os outros 2 de outra. Formulei algumas teorias, que talvez a guria estivesse com alguma preocupação mais urgente e não se atentou para o "erro", até que outra pessoa mais próxima apareceu com a mesma pintada. Disse se tratar de "filha única" ou algo parecido, posso ter esquecido. Não consegui me conter e tive que dizer a ela que não confio em pessoas que fazem isso. Agora não é mais "não entender", entende? Sim, eu julgo o livro pela capa, a banda pelo nome e as gurias pelo esmalte. Posso fazer isso, não posso?

Olha, pra falar a verdade esse post foi bem meia boca, mas é que a intenção aqui é a música mesmo :)



Espero que goste, ótima música para dar uma animada no trabalho. Aliás, por ora minhas preferidas são a 4 e a 8. E desculpem faltar a 3, mas fazer o quê. Eu ouço pelo OiRdio, são ~R$9 bem investidos, se você quer saber. E se você tem um Android, vale a pena pagar os ~R$15 para usar o App, é fantástico.

terça-feira, julho 24

123

Junho foi um mês mais movimentado que este, não é? Andei ocupado, é só isso. Até o Facebook ficou meio abandonado. Não é culpa de ninguém.

Curioso como as coisas acontecem. Uns dias atrás estive pensando que perco cada dia mais a minha capacidade de dizer coisas boas. As coisas não tem dado certo por aqui. Aliás, elas nunca foram de dar muito certo por aqui, mas com o tempo começa a afetar certas habilidades minhas. A parte curiosa é que hoje a tal CPFL resolveu fazer sabe-se o que na rua do meu trabalho e ficamos sem energia a tarde toda (e por mais tempo que o combinado). Nesse meio tempo, entre outras coisas, fomos convidados a falar coisas boas sobre os colegas. Vê?

Eu tinha pensado em outra coisa para escrever aqui, mas fui ver TV e acabei esquecendo... Que venha a música então:






Ouvi isso a semana toda (ok, ela começou não tem muito tempo). Mas sabe de uma coisa? Sou otimista com certos assuntos (e, infelizmente, preciso ser).

terça-feira, julho 3

Me corrompi

Será que estamos chegando ao caos? Será que o mundo está acabando? O petróleo está acabando? Estamos destruindo o planeta? O aquecimento global irá nos pegar de jeito? Seremos como os dinossauros?

Sinceramente? Eu não procuro me informar sobre estas questões. Não sei se o mundo irá acabar em 2023, não sei se o planeta está sendo destruído, não sei se o aquecimento global realmente existe, não sei se o petróleo está acabando e com isso nossa energia.

Estou sendo egoísta. Estou aqui me planejando para satisfazer minhas necessidades individuais e comprar o que eu quero, não ligando tanto assim para o planeta, secretamente rezando (lembre-se que como ateu não é bem isso que eu faço) para que qualquer consequência deste tipo de ação não seja sentida por mim. Rezando quando as tais consequências passam pela minha cabeça. Às vezes elas não passam, então eu simplesmente ignoro e fico feliz com isso.

Há muito tempo perdi as esperanças. Não acredito que os seres humanos, de forma geral, consigam ser como veados, esquilos ou javalis. Espécie maldita, que não consegue se contentar em viver sua vida de forma natural e em paz com outras espécies. Precisa mudar tudo. Precisa conseguir mudar tudo, quebrar tudo, destruir tudo... Me corrompi, em outras palavras. Sou orgulhoso, claro. Procuro me defender com veemência sempre que me acusam de algo. Me chamar de corrupto assim, na minha cara, consegue despertar em mim este entusiasmo, mas mesmo assim venho aqui admitir isso. Porque eu desisti há muito tempo de acreditar que as coisas ainda podem dar certo. Então fico como "se não pode vencê-los, junte-se a eles".

terça-feira, junho 19

TV e Youtube

Assisti um pouco mais de TV nessa última semana. Aí no outro dia me peguei pensando no meu relacionamento com o Youtube. Ele ficou tão popular com o tempo, não é? Lembro que numa época lá atrás, todo mundo contava que via aqueles vídeos engraçados ou ouviu o novo som daquela banda "maneira"... E eu nada. Só sabia que era um site de vídeos com um ícone vermelho. A qualidade dos vídeos me deixava meio desconfiado então não chegava muito perto. Ele melhorou bastante. Vídeos em HD e Full HD, documentários, filmes [piratas]... UAU!

Sempre tive um relacionamento complicado com minha operadora de telefonia e conexão com a Internet. Nunca parecia tão legal,  então perdia o tesão de ver algum vídeo legal em resoluções maiores porque tinha que ficar esperando carregar e, bom, sou meio impaciente. Depois disso as limitações do meu antigo computador me irritavam. Mesmo que eu tivesse aquela conexão fodona, não dava para ver vídeos em HD pois o pobre CPU não dava conta, coitado. As coisas mudaram com o notebook nesse sentido e depois com o desktop. Depois fiquei mais a vontade com a minha conexão (isso bem recentemente). Enfim, esse não era o assunto, eu acabei contando tudo.
Nos últimos meses tenho consumido um conteúdo razoável de lá. Como notei o aumento do meu tempo dedicado à TV, não tive como não fazer comparações.

Veja meu relacionamento com a TV: estou vendo um programa qualquer e a cada, sei lá, 7 minutos sou exposto a uns 4 de propaganda. Não tenho muito o que fazer para escapar. Posso mudar de canal, mas corro o risco de pegar a propaganda no(s) outro(s) também. E isso acontece bastante. Geralmente vejo algo na TV fechada, como dizem. Tem muita propaganda dos programas chatos que a própria emissora passa, alguns dos filmes que estão passando nos cinemas (e que irão passar (o que me lembra que às vezes é tanta propaganda num período tão curto de tempo que fico enjoado do filme antes sequer da estréia)), outros são de produtos que não estou interessado e outros que eu simplesmente acho propagandas ridículas ou no mínimo estranhas e que não me convencem. É bastante cansativo assistir um programa qualquer. E aí tem aquele problema da passividade. Eu vejo o programa, sou obrigado a ver a propaganda e pronto. Não há nada mais a ser feito. Bom, posso pensar sobre o que vi, mas isso acontece com qualquer coisa em qualquer meio, então não é tão relevante para a conversa.

Veja agora meu relacionamento com o Youtube: assino canais de sujeitos que falam umas coisas legais (ou que eu quero ouvir). Eles aparecem lá com certa frequência, expondo suas opiniões sobre assuntos relevantes (ou não). Muitos trazem fatos, fontes, outras opiniões... é bastante diversificado. Eles dizem o que querem. É o espaço deles, têm certa liberdade que não teriam se estivessem num programa de TV, por exemplo. Não tem aquela necessidade de agradar alguém importante ou coisa parecida. Os vlogers, como são chamados, são pessoas mais acessíveis que estes que vemos na TV. Estão ali, a um clique de distancia e sempre bem abertos. Podemos nos relacionar via Youtube mesmo, com os comentários no vídeo, ou pelo Twitter, Facebook, Skype e afins. Podemos questionar, quando não entendemos algo ou não concordamos. Podemos expor nosso ponto de vista também, ter uma discussão saudável. É bacana isso. Confesso que sou tímido nessa área ainda, mas gosto de saber que posso fazer isso se quiser. Não há propaganda. Aliás, o Youtube coloca um video curtinho de propaganda no início do vídeo, mas uso um bloqueador nos meus navegadores e eu fiquei bastante tempo sem saber da existencia dessas propagandas por causa disso. Se ainda não conhece, recomendo a utilização do AdBlock Plus (disponível para Chrome e Firefox ;)).

Vejo que tem bastante gente que vê e comenta os vídeos desses vlogers simpáticos. Amizades são criadas, conhecimentos trocados... É bem bacana. Tem uma coisa que acho ainda mais bacana: muitos deles não jogam a informação como verdades absolutas e incontestáveis, como na TV. Não, não, eles dizem de onde tiraram a informação, porque faz sentido e convidam qualquer um que pense diferente a participar nos comentários e, quando é o caso, até fazem um segundo[, terceiro, quarto...] vídeo se for necessário. A informação é passada com o único interesse de divulgação. Estão fazendo a parte deles. É legal, a TV não tem muito isso. Ha 1001 interesses ali por trás e que muitas vezes sequer são compreendidos por quem estão falando, mas é assim que funciona. Algo como uma informação mais confiável.

O Youtube tem uma força enorme, né? E a TV não está muito preocupada em melhorar. Ao contrário.

Acho que falei, falei e falei e não disse muita coisa, mas eu não me organizei muito bem pra isso. Que se dane, eu não ligo para o seu tempo :D haha

Vou botar uns canais aqui:
Canal do Daniel Fraga - http://www.youtube.com/user/DanielFragaBR
Canal do Erikzzz - http://www.youtube.com/user/Erikzzz
Canal do Pirulla - http://www.youtube.com/user/Pirulla25
Canal Ciência no Cotidiano - http://www.youtube.com/user/Tomishiyo
Canal Eu, Ateu - http://www.youtube.com/user/EuAteu

Olha, são todos bacanas. Faço uma observação quanto ao canal do Daniel Fraga. A rê não vai muito com a cara dele e às vezes ele é meio radical. Há certas opiniões dele que não compartilho, mas ainda assim são bons vídeos.

Aí tem a questão das notícias também. Gosto de sites com o Gizmodo. Como eles mesmo dizem, não são completamente imparciais, mas também não exageram [muito] só para atrair leitores. Eles postam o que acontece de bacana no mundo da tecnologia (e em outros campos às vezes) e fazem uma cobertura muito bacana. Usam uma linguagem amigável, colocam um link ou outro para você ficar mais informado e tentam dar a notícia sem exageros, mas se ficam animados com algo eles deixam claro e te dizem porque ficaram animados. Gosto disso (mas o design é meio poluído pelas propagandas (o que o bloqueador que sugeri mais acima ajuda a evitar) e fique longe dos comentários. A maioria é de gente babaca, principalmente os primeiros). Outros sites, como Tecmundo, IDG Now, UOL e tantos outros usam títulos sensacionalistas e estão sempre dizendo que tem briga ou guerra em todo lugar para atrair leitores. Isso me deixa muito, mas muito irritado. E tem as listas dos X melhores [alguma coisa]  para você [alguma coisa]. Ah, que desagradável. Muitos nessa sede incontrolável para serem os que mais dão notícias acabam postando qualquer informação, mesmo que incorreta, e empurrando isso para todo mundo. Outros são extremamente parciais e isso também me tira do sério... Mas deixa pra lá.

Ah, a música.... Meu twitter entregou meu recente vício nessa banda, mas quis botar aqui mesmo assim.


quarta-feira, junho 13

120

Ah, o que o ego não faz com a gente. O que nos impede de fazer. Como o medo.

segunda-feira, junho 4

back to... 2000

Me parece que a rê nunca me achou um sujeito confiável. Nem parecia me conhecer muito bem...

Certa vez, na época em que estava ainda na quinta série, o ônibus demorou muito tempo para passar. Mais de uma hora, provavelmente. Fiquei lá esperando. Ficamos, na verdade. Havia um colega que pegava o mesmo. Cheguei em casa, expliquei o que aconteceu e um tempo depois, após uma reunião de pais e mestres, a rê voltou com uma teoria. Segundo a mãe desse meu colega, nós saímos da escola e fomos até um lugar qualquer comprar pipas.

Não sei o que é pior, a falta de confiança ou ela achar que eu realmente iria atrás de comprar pipas a essa altura do campeonato.

sexta-feira, junho 1

inútil

Olha, este não será um post divertido. Se espera algum bom entretenimento, vá procurar em outro lugar. Também não será um post alegre. Se você está tendo um bom dia e quer permanecer assim, vá para outro lugar (a não ser que você seja daquele tipo que gosta de se sentir por cima).

A coisa não anda boa por aqui. Hoje pela manhã assisti a um vídeo muito impressionante (clique aqui e assista você também). Depois de alguns minutos me senti inútil e que minha vida não faz sentido. Não estou contribuindo em nada para a sociedade, estou? Sinto que não. O Cosmo iria gritar comigo. É uma sensação realmente desagradável. Não me deixa pensar nem aproveitar outras coisas.

Acho que eu precisava dizer isso em algum lugar. Lembrei do blog!

Ah, a música:
 


domingo, maio 13

Pode me chamar de fresco!

Estive conversando sobre meu relacionamento com a comida com uma guria na sexta-feira. Tudo começou quando ela me disse onde eu poderia conseguir alguns bis (e agora percebi que nem fui atrás deles). Contei sobre aquele caso que tive com o bis há alguns meses. De repente estávamos discutindo o porque de eu não comer certas coisas. Veja só, um bis como este da foto não tenho coragem de comer. Você tem? Paramos de comprar bis aqui em casa. Eventualmente a Rê compra ouro branco (percebi também que falei o nome errado para a guria). Gosto até, só que andei percebendo que a "casca" dele (aquela parte branca de chocolate) vem com algumas manchas esbranquiçadas (acho que é a primeira vez que escrevo essa palavra na vida). Não sei o que diabos são aquelas manchas, mas é muito desconfortável olhar para elas. Como tenho certa dificuldade em  resistir a doces, acabo não querendo olhar pra eles e como distraidamente, rs.

Chegamos ao arroz. A Rê sempre gostou de por cebola no arroz. Eu gosto de cebola. Gosto dela na pizza, na salada... No arroz não. Ela fica lisa, molenga... Uma coisa esquisita se arrastando na minha língua. É uma sensação muito estranha, então não como. Depois de uns 15 anos (talvez mais)  reclamando sobre isso, a Rê resolveu me ouvir e agora ela trocou a cebola pelo alho. Este não fica escorregadio e liso na minha lingua. Esse é legal :)

Outro prato que nunca me agradou é um muito popular nas escolas (ao menos nas que frequentei): macarrão com arroz (e talvez uma folha de alface e uma bolota de carne). Eu não consigo misturar arroz com macarrão (lasanha e outra massa qualquer). É muito estranho. Muito estranho. Imagina aquele macarrão comprido (ou aquele "parafuso") na sua boca e de repente um treco miudinho com uma "textura" diferente no meio... Cara, que esquisito. E tem algo de muito perturbador no macarrão dessas escolas (novamente as que frequentei). O molho tem um cheiro característico. É diferente de qualquer outro molho. É inexplicável. Nunca consegui comer comida nenhuma em escola nenhuma. Simples assim. Aliás dificilmente como comida fora de casa. Só o arroz da Rê é bom, só o molho da Rê é bom, só a couve-flor da Rê é boa :)

A guria em questão me contou sobre uma viagem que fez certa vez. Foi para um lugar que não tem (acredite se quiser) leite condensado ( ! ). Dá para acreditar? Como eles fazem doce? Brigadeiro, meu Deus! Esse papo de leite condensado nos levou ao fato de eu não gostar de pudim. Sabe, o negócio é que eu gosto de coisas consistentes. Aparte de cima do pudim, que segundo a Rê é a melhor, é diferente de todo o resto. É estranho. E a parte de baixo também. Tem umas bolhas de ar.. Não é bem isso, mas a parte do meio parece mais consistente, mais homogênea. Aí vem a parte de baixo diferente e me... bom, você entendeu. Voltando a viagem da guria, ela esteve numa situação complicada. O café da manhã que lhe ofereciam era miojo picado (sem o tempeiro e a água) no leite. Imagine aquele macarraozinho miúdo, molenga no meio do seu leite. Como deve ser desagradável.

Bom, chega de falar de comida. É que achei que você precisava saber disso, hehe. Pode me chamar de fresco ;)

Ei, alguém anda ouvindo as músicas? Vou parar, heim!

Essas aqui não são exatamente novas, mas são bacanas :)




Dessa vez sem música inteira. É que no grooveshark tava uma porcaria :|

segunda-feira, maio 7

Foco e relacionamentos

Estou ficando com problemas para focar meus pensamentos. Deito na minha cama, começo a pensar em algo e de repente estou pensando em outra completamente diferente. E esse de repente não é dali 20 minutos, quando o assunto original já perdeu o seu charme. Não! É algo que acontece em menos de um minuto, acho (nunca deu para contar). Fico cheio de coisas não resolvidas para a noite posterior. Esqueço também. Chato isso.

Outro dia estava conversando com uma guria sobre professores. Sempre disse para todo mundo que mantenho uma relação estritamente profissional com os meus. Desde a primeira série. Na quarta não era muito saudável. Eu detestava aquela mulher. Acho que a que mais detestei na minha vida acadêmica. Quem olhar meu Facebook agora irá encontrar, entretanto, uns três ou quatro professores lá. Estou ficando mole com o tempo? Haha! Eles são bons, apareceram ali e não consegui deixar pra lá. Bom, como o Facebook não estava presente na minha época de escola... Enfim, esse não é o assunto aqui (vê como me distraio fácil?). A questão são relacionamentos. Acho uma má ideia ter dois ou mais tipos de relacionamento com as pessoas. Não acho conveniente ser amigo do barbeiro ou do caixa do supermercado. Acho que dizer esse tipo de coisa pode parecer errado aos mais politicamente corretos ou aqueles que são amigos de todo mundo. Não me entendam mal, não tem nada de errado em ser amigo do caixa do supermercado. O meu problema com isso é quando há um conflito. Quando um desses relacionamentos causa um desentendimento entre as pessoas e o outro não, a coisa fica bem estranha. Nem sempre dá para separar. As coisas podem ficar feias. Pense, por exemplo, num juiz julgando a sua mãe ou irmã. Não sei se isso é permitido, mas e se for... bem, como fica?
É por isso que tento manter minha vida com certa organização. Os colegas de trabalho são colegas de trabalho, os caixas de supermercado são caixas de supermercado e os barbeiros são barbeiros. É evidente que nem sempre é tudo tão preto no branco. Em  alguns momentos temos um cinza aí no meio e alguns desses cinzas me causam problemas. Outros, claro, não. Gosto mais desses.

Acho que eu devia ter pensado um pouco mais nessa última parte do post. Mas quer saber? Você já deveria saber a essa altura do campeonato que eu sou uma pessoa difícil. E se você é novo por aqui já está avisado!

Bom, ninguém falou se ouviu/gostou das músicas do post anterior. Bom, mas sigo firme e forte e aqui vão mais músicas. Isso fez maravilhas com a minha agitada sexta-feira :)


segunda-feira, abril 30

Música, burocracias e letras representando pessoas

E novamente percebi que foi tempo demais, então vamos tentar.

Música! Já devo ter contado para um ou outro como ela funciona para mim, mas vamos deixar isso público agora.
Ouço música para pensar. Sempre. Quando trabalho, preciso pensar, então ouço música. Quando escrevo aqui, preciso pensar, então ouço música. Quando quero pensar na vida... bom, ouço música. Quando vou de cá para lá (e de lá para cá também) gosto de pensar, então música mais uma vez. Gosto mais das que não estão em português, me permitem focar minha atenção ao meu pensamento e simplesmente apreciar a parte sonora da coisa toda. Um dos efeitos positivos é que posso descobrir coisas novas sobre as músicas mesmo depois de passar muito tempo ouvindo. Isso me agrada bastante.
Também tenho uma espécie de medo de ouvir novos álbuns da maioria das bandas da minha coleção. Não sou tão fã de mudanças, então às vezes posso não gostar dos novos álbuns. Quando descubro que há algo novo não consigo deixar de pensar na possibilidade de que este pode ser ruim e abalar a imagem que tenho da banda. Não sei se já contei, mas eu gosto do A Fever You Can't Sweat Out da Panic! At the Disco. Passei várias noites do meu tempo de ensino médio ouvindo aquelas músicas incríveis, mas daí descobri o Pretty Odd e hoje vejo a banda com outros olhos. Aconteceu o mesmo com Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, Rock Rocket, 30 Seconds do Mars e Arctic Monkeys (no Humbug). Por isso não tive pressa de ouvir Angles (the Strokes). Durante a semana confessei no twitter que foi um erro. Vamos seguir então.
Geralmente eu não coloco imagens ou links nos posts. Não sei se quero mudar isso. Lembro que coloquei alguns vídeos da We Are Scientists e um do Luiz Tatit. Vou fazer algo assim neste post também, e espero que seja bem vindo.
Resolvi assinar o OiRdio (sim, estou recomendando :)). É FANTÁSTICO. E aí, além de ter tomado coragem para ouvir finalmente o Angles, descobri dois álbuns que ouvi e muito durante a semana. Vou colocar aqui:

Ta-ku - 50 Days for Dilla
Black Sky Blue Death - Noir

Agora acho que é trabalho e burocracia. Não pensei muito nisso, então vamos ver no que dá.
Gosto de procedimentos. Gosto que as coisas estejam bem esclarecidas, que tenhamos um fluxo bem definido de informações. Gosto de ter a coisa escrita, para poder lembrar, acompanhar e, porque não, justificar. Já me repreenderam por isso. Disseram que era muita burocracia e que isso pode limitar a criatividade. Bom, sempre olhei tal frase com maus olhos.
No meu trabalho tenho as duas situações. Por um lado a falta de um processo bem definido faz com que haja retrabalho, coisas deixadas para trás ou não tão bem feitas. É irritante. Por outro lado, há certa burocracia nesse meio todo. Veja só, a pessoa A diz para a pessoa B e para a C que tal coisa precisa ser feita. Essa pessoa B conversa com a C a respeito e com a D. A D é somente avisada que a C irá lhe dar trabalho mais a frente, enquanto a C continua, fazendo sua parte. Depois, a C envia sua parte do trabalho para a B e a D avaliarem. A D faz a sua parte do trabalho e envia novamente para a A, a B e a C (e outros envolvidos) para que estes aprovem. Daí a A sempre tem algo a adicionar/remover/alterar, então diz à B que diz à D. A D altera e finalmente tudo está em paz, até a A precisar mudar algo novamente, mas aí já é outra coisa. Houve um tempo que era mais simples e mais rápido: a pessoa A passava à pessoa D (que seria a B nesse caso, já que a verdadeira B e a C não existiriam nesse cenário) o que ela deveria fazer. A B (lembra que é a D?) faria, levaria para a A aprovar e aí a coisa estaria pronta para o que deveria fazer.
Outro dia aconteceu a seguinte situação: a pessoa A disse para a pessoa B que precisava de uma coisa. A pessoa B precisava saber de uma informação para fazer essa coisa, mas a pessoa A não sabia, pois dependia de um fornecedor. Ao invés de lidar diretamente com o fornecedor, a pessoa A precisava falar com uma pessoa C, para que esta conseguisse um contato com o fornecedor e a informação chegasse até a B. Só que a C, que é muito metida, resolveu dar a informação por ela mesma, e a pessoa A passou a informação que recebeu para a pessoa B. O caso é que a informação estava incompleta, e a pessoa B perguntou para a A se a C havia perguntado ao tal fornecedor ou se tinha tirado de sua própria cabeça. Novamente a pessoa A teve que ligar para a pessoa C e pedir a informação correta e só aí as coisas se acertaram. Os caminhos parecem muito longos para uma equipe tão pequena quanto a envolvida em tal projeto. Sou meio impaciente.

Bom, tenho mais uma coisa na cabeça. Envolve dinheiro, jovens, pais e propagandas, mas este post já está muito longo e não quero gastar tudo de uma vez. E também corro o risco de ser bastante indelicado se resolver falar sobre esse assunto sem pensar da maneira adequada.

Disse que ia mudar o design disso aqui faz um tempo, não é? Estou meio desanimado com isso. Olha, ouça as músicas ali de cima e me diga o que achou, certo? Falou!

Ah, se você ficou confuso com a coisa das letras, tente substituir por nomes, pode ajudar.
Chame a A de Jorge, a B de Natanael, a C de Camila e a D de Bento.

terça-feira, março 20

agora pode ler!

Realmente não gostei da última coisa que escrevi aqui, mas acabei me sentindo obrigado a continuar com aquilo já que fazia um mês desde a última vez. Não sei se serve como desculpa, mas para ser sincero não sei se tenho algo melhor a oferecer.

A verdade é que ando tendo aqueles momentos difíceis. Difíceis de viver e mais ainda de explicar sem compromisso. É aquele momento que dá para ver claramente que não estou fazendo o que quero fazer. Também estou tentando me comportar bem e oferecer o suporte que acredito ter que oferecer em todos os momentos que parecem adequados. E tenho falado frases simpáticas e gentis naquele primeiro contato desajeitado no começo da noite, por assim dizer. Também me distraí de certos pensamentos e fui para a cama pensar quando realmente não tinha mais outra maneira de lidar com as coisas. Tentei fazer o mais tarde da noite possível, na esperança do sono chegar muito rápido e acabar logo com a coisa toda. No amanhã senti que boa parte da angústia foi embora, e quando deitei novamente me dei conta disso, mas talvez estivesse enganado. No depois de amanhã tudo voltou. Talvez não com a mesma força, esqueci de alguns detalhes nesse meio tempo (mas ao escrever sobre, lembrei!). Tentei observar oportunidades ou mesmo criá-las, mas conspiraram contra e talvez eu nem tenha me importado. O eu não sou eu, neste caso, mas não estou pronto para dizer de outra forma. Não estou procurando ser claro aqui, muito menos contar exatamente o que anda acontecendo comigo. Essa não é a forma apropriada. O que estou fazendo aqui é apenas tentando liberar um pouco da pressão com uma falsa sensação de que algo foi dito e atingiu o problema em cheio e talvez agora ele tome jeito e vá para casa, longe de mim. E mesmo que não tenha funcionado exatamente desse jeito, ao menos serve para me deixar com mais sono, numa tentativa de diminuir os próximos minutos de tortura psicológica que somente minha cama é capaz de proporcionar.

Mas ontem foi produtivo, acabei percebendo uma coisa bem importante. Algo não tão bom, admito, mas é sempre bom saber das coisas.

Acho que este está melhor que o de ontem, mas posso estar enganado. Sei que para mim está. Aliás nem sei se foi ontem mesmo e, francamente, eu não dou a mínima.

quinta-feira, março 15

Não leia!

Mais de um mês, cara. Eu deveria estar envergonhado, não?
Até tenho pensando em algumas coisas legais e que talvez seriam interessantes para quem costuma dar uma lidinha nisso tudo que escrevo aqui, mas o problema é que são coisas difíceis de se começar a contar do nada. Normalmente envolve uma conversa qualquer sobre um assunto sem importância que vai crescendo e crescendo e aí foi! É difícil isso num blog, ao menos para mim.

Não sei se falei sobre meu trabalho aqui no último post ou se somente pensei no assunto. Sei lá, o que sei é que ando pensando bastante na minha relação com o trabalho. Não estou confortável com ela, acho que preciso mudá-la. Não entenda com isso que estou dizendo que meu trabalho seja ruim ou que minha empresa seja ruim. Não é nada disso, minhas reflexões sobre o trabalho não se relacionam às minhas atividades em si, mas sim o que o trabalho tem significado na minha vida, como ele interage com minhas outras atividades diárias. Não é questão de trabalhar muito também, mesmo porque não acredito ser este o caso. Também não é trabalhar pouco. É algo mais relacionado ao significado, tanto para mim quanto para outros. Fora o lado financeiro, no que meu trabalho está contribuindo para mim e minha qualidade de vida? E para o da sociedade? Sempre desejei poder olhar para o meu trabalho e dizer "alguém, em algum lugar está se beneficiando disso que acabei de fazer" e sentir aquela sensação gostosa de ter a oportunidade de ter contribuído para o bem estar de alguém fazendo algo que gosto de fazer. Acho que faço o que gosto, afinal. Esse "se beneficiando" talvez não transmita o que quero dizer, mas estou cansado para corrigir.

Quem acompanha meu twitter (@beeblebrox3) deve ter notado que só me lembro dele para reclamar de alguma coisa. Nestes últimos dias meu alvo foram NET e Claro. Outro dia no podcast Café Brasil (http://www.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast/), o Luciano Pires falou algo que sempre pensei, mas não de forma organizada, sobre nossa relação com esse tipo de empresa. Ele não foi tão específico, mas a ideia da coisa toda era que nós, enquanto consumidores, estamos acostumados a receber um serviço de péssima qualidade. As empresas entendem isso então não há motivo para melhorarem. "Ah, mas e a concorrência" você vem me dizer. Bom, será que há mesmo? Veja só, fui mudar de operadora de celular. Olhei os planos das 4 que funcionam aqui (Claro, Oi, Vivo e Tim) e a claro ainda parecia mais vantajosa. Como era dela que estava saindo, fui para a segunda. Pareceu a Oi e mesmo assim não era lá essas coisas. Talvez seja uma característica dos planos pré-pagos, mas... Eu não tenho coragem de usar uma linha pós-paga. Com o pré-pago, se some 1 centavo você fica sabendo na hora e pode tentar (veja bem "TENTAR") resolver ali na hora antes que outros centavos resolvam acompanhar o que fugiu originalmente. No pós-pago você só sabe disso muito tempo depois e talvez você nem repare no quer há na conta ou talvez o trabalho que dê para resolver faz com que não compense tentar. Às vezes para resolver você precisa de muitos dias e acaba precisando pagar a conta mesmo com erro para evitar precisar do serviço e ele não  estar disponível. Em termos de atendimento não preciso nem falar, não é?! Atendentes completamente ignorantes (falta de treinamento e capacitação contínuos e eficientes), muitas vezes impacientes (não é culpa deles). Com a Claro eu já tenho certeza que não consigo resolver nada em menos de 30 minutos. No outro dia foi cerca de 1h entre 4 telefonemas. Falei com duas pessoas (veja bem, 4 ligações => 2 atendimentos) e nenhuma sequer resolveu meu problema. Longe, muito longe disso. A claro me ligou quando iniciei o procedimento para a portabilidade. Expliquei o caso e a representante ofereceu "estamos melhorando" como desculpa. Legal, não?

Fui para a Oi e espero que seja melhor, mas não que seja boa. Sei que não é. A Tim já me teve como cliente no passado e foi a que me deu as piores dores de cabeça. Acabei fugindo do assunto. No fim as quatro operadoras oferecem serviços que sabemos que não são lá essas coisas, mas acabamos optando por uma que no mínimo nos oferece alguma vantagem. Não devia ser assim. Eles deveriam oferecer um bom serviço, você não acha? Não pagaria com gosto? Eu acho. Acredito que o problema de muitas empresas é crescer. Enquanto elas estão pequenas, estão próximas dos clientes e pensam em nós. Tentam fazer com que a coisa seja legal para todo mundo. Aí elas crescem e outras pessoas vão entrando na equipe e o foco muda. O foco é apenas o dinheiro e não a satisfação total do cliente. Me parece errado.

Acho que me distraí bastante nessa história de operadoras e serviços. Não quero mais falar sobre isso, só deixar claro que detesto essa sociedade nossa que simplesmente não liga de só termos acesso a serviços de péssima qualidade.

Olha, vou culpar o sono por este post, eu realmente não gostei dele. Mas vou deixar aqui para não acharem que eu sumi no mato.

domingo, fevereiro 12

..., férias e algumas palavras

Consegui ficar acordado até tarde hoje. Bom, tarde para mim. Acabei de sair do banho e enquanto estava lá dentro pensei em algo bacana para colocar aqui. Cheguei, me distraí lendo a postagem anterior a esta e acabei esquecendo o que tinha pensado. Isso é realmente triste.

Essa coisa dos objetivos ainda ocupa uma parcela considerável do tempo de funcionamento da minha mente (detesto usar esta palavra, mas acho que é a que melhor se encaixa). Havia pensado que devia arrumar um hobby. É, pensei mesmo, mas não consegui descobrir qual. Deixei a ideia de lado, quem sabe apareça algo naturalmente.

Minhas férias estão chegando. Serão 30 dias de sossego e calor. Sim, porque não tem ar-condicionado aqui em casa. Devia ter pensado nisso antes de me meter com esse negócio de férias... Dez destes dias já têm a manhã reservada. Estou pensando em ocupar algumas tardes (ou noites) para fazer algo que sempre quis fazer. Não vou dizer exatamente o que é (não aqui), mas imagino que será algo desconfortável no inicio, mas que depois de um tempo vai me ajudar em algumas coisas, inclusive nessa questão dos objetivos.

Vou parar por aqui, prometi postagens curtas e não quero correr o risco de contar mais do que devo.

Uma coisa curiosa: existem certas palavras que eu não consigo dizer de jeito algum. Algumas não saem em nenhum contexto, outras só em tom de gozação. São palavras bem comuns, na verdade, mas que por alguma razão me causam certo desconforto. Será que é só comigo?

quinta-feira, fevereiro 2

it's hard to explain

Me chame de mentiroso! Sim, porque eu disse que iria voltar aqui com mais frequência, mas...
Outro dia até comecei alguma coisa. Ficou um pouco longo demais sem dizer muita coisa. Comecei a pensar sobre minha visão sobre o que conheço do mundo. Não é muito, realmente, mas o pouco que já tenho já me desanima de todo o restante. Resolvi que não quero entrar nesta discussão desta forma, então não vou publicar nada a respeito.

Outro dia me dei conta que perdi algo com o passar dos anos. Talvez não tenha perdido realmente, talvez nunca tivesse tido mesmo. Estou falando sobre objetivos e não do tipo "ir ao mercado amanhã comprar um bis". Não, estou falando sobre algo maior, mais importante que o chá mate que bebia todas as manhãs e o café que o substituiu meses depois. Algo importante, que me faça levantar todas as manhãs com toda aquela vontade e energia. Algo que me faça planejar e viajar. Não tenho nada. Levanto todas as manhãs, é claro. Faço meu trabalho da melhor forma que posso, leio coisas interessantes como posso, falo coisas interessantes com pessoas interessantes quando posso. Só. Até parece que são alguns dias com algum movimento, e até são, mas isto não parece ser suficiente. Não há motivação. É preocupante, imagino.

Conversei a respeito com uma amiga, que me sugeriu tentar olhar as coisas pelo lado positivo. Sempre gostei de pensar em mim como um sujeito que olha sempre o outro lado quando alguém me conta alguma coisa. Pensando um pouco no assunto percebi que normalmente me contam coisas boas, não coisas ruins. Não consigo lembrar de muitas coisas ruins que tenham me contato. Isso também é preocupante, e chato. Quando as pessoas só te contam coisa boa ou estão mentindo ou não querem muito assunto com você (e uma coisa não exclui a outra, é claro). É como a coisa do "tudo bem?". A gente sempre diz sim para aquela pessoa que queremos que vá embora logo, mesmo que não estejamos tão bem assim. Estou desviando do assunto. O caso é que disse a amiga que não sou um desses caras. Ela respondeu que preciso começar a ser. Fiquei um tempo sem dizer nada, pensando sobre o assunto. Talvez eu tenha que tentar mesmo.

I try but you see, it's hard to explain

 Não sei se esta situação tem realmente algum ângulo bom. Ou mudo isso, ou a coisa vai ficar pior, e se ficar, eu não quero estar por perto para ver.