domingo, outubro 30

Jardim

Disse que ia aparecer aqui mais frequentemente e quem disse que consegui manter? haha.
Até tenho um rascunho do meio da semana, talvez da terça, mas este pareceu tão diferente do que tenho na cabeça que não sei se vale a pena postar. Quando coloco algo aqui aceito que o que está escrito consegue mostrar com a maior precisão possível minha opinião sobre o assunto. A interpretação do leitor, em todo caso, já foge um pouco da minha responsabilidade. Quando leio e não consigo achar em minhas próprias palavras meus pensamentos, quer dizer que a coisa não está tão boa. Eu deixo de lado. Eu apago tudo e começo novamente. Ainda não o fiz, mas vou chegar lá.

Fiquei um pouco distraído durante a semana. Algumas coisas fizeram com que ela não fosse normal, e isso mantém minha cabeça ocupada. Começo a achar que sou lento com essa coisa de pensar. Não aconteceram tantas coisas assim, e poucas delas me envolvia. Aliás apenas uma, e mesmo assim não consegui pensar em mais nada.

Estou começando a me incomodar com algumas escolhas minhas. Algumas que envolvem o não fazer alguma coisa. Acho que a verdade é que não estou gostando de mim neste momento. Isso não pode ser bom, pode?

O título não tem nada a ver com o que escrevi aqui, mas é que usei bastante esta palavra nesta semana em particular. Não consegui ser mais criativo, me desculpe.

domingo, outubro 23

Tem amizade escondida aqui

No caminho entre o trabalho e a casa, na hora do almoço, resolvi pensar nas minhas relações com as pessoas e como elas foram mudando ao longo dos anos.

Tentei organizar uns pensamentos durante o banho, mas agora parece tudo confuso de novo. Acho que eu devia começar a escrever com o chuveiro ligado, mas sinto que vai ser algo difícil de fazer.

As pessoas e eu temos um relacionamento complicado. Por um tempo me convenceram que eu era o complicador da coisa toda, e hoje ainda pego um ou outro dizendo isso. Lá no banho fez bastante sentido a ideia de que talvez não seja bem assim. Talvez eu não seja mais complicado que todo mundo, talvez só esteja cansado e não goste desse jogo que as pessoas jogam. Talvez, só talvez, eu seja o simples. Mas não, falar em simplicidade é tentar me fazer de inocente, e não sou inocente. No que me convenci ao longo dos últimos 2 ou 3 anos foi que o tamanho dos meus caprichos também é proporcional ao da minha tolerância (tolerância soa meio forte, mas não achei uma palavra mais adequada). Talvez alguns não concordem. O fato é que deixo passar, finjo que não vejo, que não lembro, tento não olhar e não toco mais no assunto. Sou assim, e na semana que vem, quando vejo novamente, é como um novo começo. Sou assim. Sempre. Acho que como um sujeito guloso. Ele tem vontade comer, então come, come e come, mas por mais que ele goste de comer em algum momento simplesmente não dá para enfiar mais comida. A diferença é que ele deixa o tempo passar e está pronto para uma nova rodada da mesma comida. Eu não, eu preciso de uma comida diferente. Minha mãe me deu muita melancia numa época. Hoje eu não aguento mais ouvir falar em melancia.

Tendo tudo isso e mais um pouco na cabeça fui lembrando de todas as "conexões" que fiz ao longo da vida, a partir dos 9 ou 10 anos, já que antes disso era meio difícil de lembrar. Vi porque as coisas não deram certo, quem são estas pessoas todas... enfim, não foi uma juventude muito agradável. Às vezes fico meio cauteloso ao dizer algo assim, porque sempre pode surgir um espertalhão de trás de uma moita e dizer que houveram juventudes piores. Devia me sentir mal por não dar a mínima para isso? Veja, não é porque o vizinho não tem um gramado que eu deva ficar conformado por ter um jardim feioso ou não reclamar e não fazer algo a respeito. E aí (voltando ao assunto) vejo que com o passar do tempo tenho tido cada vez menos interesse em me relacionar. Há outros detalhes também que são bastante relevantes. Sou careta, por exemplo. Faz diferença, sabe? Também não consigo pegar o que está acontecendo assim no ar. Ou a coisa está clara ou não, não tenho paciência para ficar tentando descobrir o que querem dizer ou o que querem que eu faça. É preciso ser claro, na minha opinião, que talvez não seja compartilhada pela maioria, e aí temos outro problema.

Mas não só de ligações quebradas eu vivo. Tem algumas que dão certo. Não consigo, entretanto, lembrar de alguma que tenha resistido a uma boa coleção de anos, mas sou daquele tipo otimista, apesar do que você possa pensar. Sou sim, então sempre tem um ou dois por aqui que coloco fé! E é só em pessoas que consigo por fé, em nada mais. E não me venha falar que isso é parte do problema. Não estou reclamando, inclusive.

O que estava pensando no meio do dia ia para um lado diferente, na verdade, mas não dá para falar tudo, não é mesmo? Isso aqui é a Internet! É claro que eu posso mentir e/ou omitir. E devo fazê-lo, inclusive.

quinta-feira, outubro 20

Maus pensamentos

Às vezes me pego pensando em coisas erradas ou, pelo menos, moralmente questionáveis. Às vezes sinto que é apenas para me provocar mesmo. Nestes casos, tem relação com aquela certa paranoia que comentei outro dia. Mas não faço estas coisas. Não sou assim, só penso. Isso não impede, entretanto, que eu me sinta culpado e tente pensar em outra coisa. Será que tais pensamentos fazem de mim...?

Daí despertei para uma coisa hoje mais cedo. Pensar e fazer são coisas diferentes. Bem diferentes. Por exemplo, se há uma pilha de louça suja na minha pia, pensar em lavá-las e desejar com todo o coração que elas fiquem limpas magicamente não vai resolver nada. Se eu ficar nessa por muito tempo, em breve  devo encontrar baratas e formigas andando pela minha pia e pelo meu chão. Eu não gosto de baratas nem de formigas.

Apenas pensar em algo não quer dizer muita coisa, quer? O que importa não são as ações? Sempre vivi, ou pelo menos tentei, fazendo as coisas que acho certas e pregando aquilo que acho certo. Alguns me julgam por isso e dizem que as coisas não são assim (alô, mãe?!). Outros me elogiam e dizem que estou "certinho". E há os que dizem coisas que não entendo.

Pensar nisso tudo me deixa com uma série de dúvidas. Há ocasiões nas quais não posso fazer aquilo e que acredito. E como fica? Será que estou meio que me traindo? Ou será que me render a certas convenções da sociedade em conflito com minhas convicções é aceitável e incentivado para um melhor relacionamento com a comunidade? Até que ponto devo ligar para isso, aliás? Porque eu e a comunidade não temos um relacionamento assim tão bom. Tentamos ser simpáticos um com o outro, educados e polidos, mas eu sou prático demais para ser muito "político" (talvez não seja a palavra adequada), e ela não tem muita paciência para os meus caprichos impaciência.

Não consigo não pensar nestas coisas estranhas. Se tentar, estarei pensando. No entanto sou muito capaz de controlar muitas das minhas ações, menos as mais explosivas e revoltadas.

terça-feira, outubro 18

Mudanças

Decidi fazer algumas mudanças na minha vida online por estes dias. E uma mudança que planejei agora mesmo, durante o banho, se relaciona bastante com este blog. Quero mudar a maneira como lido com ele.

A primeira coisa é diminuir o tamanho dos posts e escrevê-los com maior frequência. Normalmente é tudo muito bagunçado por aqui, falo de diversos assuntos em uma coisa só e, por mais que eu goste de dizer tudo que me vem a cabeça, como uma espécie regurgitação mental, acho que cada assunto perde um pouco de seu brilho por ter de dividir o "palco" com outros. Dividindo os assuntos todos em postagens individuais acho que consigo aumentar a frequência. Só preciso me controlar para não postar 5 num dia e passar um mês sem voltar aqui. Inclusive no mesmo banho que pensei nisso tudo já consegui assunto para outra postagem. Na verdade ia ser ela aqui agora, mas decidi esclarecer isto aqui primeiro. Provavelmente ainda vou escrevê-la hoje, mas vou programar o blogger para publicá-la automaticamente em dois ou três dias.

Além das postagens, talvez eu mude o endereço também, mas este é um plano para uma época um pouco mais distante. Talvez no próximo mês.

Outra coisa que pretendo alterar [novamente] é o design. Quem passa sempre por aqui sabe que mudo sempre, embora faça alguns meses que estamos assim. Houve um tempo que era algo bem simples e quero voltar a isso. Na verdade penso em sair do blogger e escrever cada linha de código que forma isso aqui. Algo que eu possa ter um maior controle sobre velocidade, acesso etc. Este também é um plano para um futuro, já que preciso analisar como fica a questão dos "seguidores" (vocês, pessoas legais, que colocam este blog no cantinho do de vocês (e por isso eu agradeço)).

Até logo.


domingo, outubro 16

Bicicleta

Me senti meio que obrigado a fazer isso hoje. Não que houvesse pressão, mas quando tenho aquele momento de nada para fazer e sinto que certas coisas, mesmo que supérfluas, estão se acumulando me sinto culpado.

A semana não foi particularmente ruim, longe disso. Sabemos como eu gosto de um bom feriado no meio da semana, mas na sexta-feira meu humor mudou radicalmente. E até agora não parece muito melhor, sabe-se lá o porquê. Na verdade eu devo saber, mas não quero falar sobre o assunto.

Falando em feriado, peguei esses dias para remover algumas contas em sites por aí que não utilizava mais. Comecei com o Google Plus. Não que eu não gostasse dele, mas não entrava fazia um tempo. Melhor apagar antes que eu me apegue, não? Depois parti para o multiply, o imageshack e o photobucket. Neste último vi uma foto que eu tinha feito upload há uns 4 anos de um senhor que não conheço e um funcionário do shopping levando um punhado de carrinhos de supermercado. Aquela foto me lembrou de duas coisas. A primeira é que eu não gostava de feriados naquela época. Gostava da rotina do trabalho/faculdade. Ficar em casa era sempre muito chato (acho que é porque eu não tinha nem um bom computador nem banda larga em casa ;)). A segunda é a pessoa que estava ao meu lado quando tirei tal foto.

Gostava daquela época e das pessoas com as quais me relacionava. Algumas foram embora, outras ficaram.

domingo, outubro 2

Aglomerações, 9 e hospital.

Acho que sou um sujeito nervoso. Acho também que muita gente acha isso. Disseram-me. Alguns incentivaram a seu modo, outros não. Outros me acharam calmo. E me disseram isso. Outros me disseram que sou outro por aí e que não posso ser apenas um, mas não do tipo da faculdade. Desconfiei disso e neguei, mas não sei. Acho que o fato de ser nervoso, mas só com um bom motivo [PARA MIM], talvez dê uma melancia e um limão ao mesmo tempo, mas não quero julgar. Sequer sei porque estou pensando no assunto. Inclusive estou achando muita coisa, vou parar com isso que acho que achar não leva ninguém a lado nenhum, exceto a coisas que não devem ser achadas, haha.

Ontem fui dormir muito cedo, não foi normal. O resultado foi levantar ainda mais cedo hoje. E para ser ainda mais estranho, choveu! Para fechar, eu vi TV. Resolvi beliscar um sanduíche e dei uma olhadinha rápida no Fantástico. Vi umas 3 reportagens, e passou um pedacinho do Rock in Rio. Cara, quanta gente. Digo que posso gostar o quanto for de uma banda qualquer, mas não tenho coragem de encarar aquela multidão. Não consigo imaginar aquele monte de gente ao meu redor. É tão apertado e cheio... e gente pulando, pisando no seu pé, lhe dando cotovelada, joelhada, testada e fazendo outras coisas que prefiro não pensar muito.
Sou um desses sujeitos que gostam de ficar em casa, cuidando da sua vida. Talvez ouvindo uma boa música, vendo um bom vídeo. Um joguinho ocasional, uma leitura interessante, uma discussão construtiva, um copo de suco de laranja. E não é que o tal suco de laranja me lembrou do nome Juliana!? Preciso resolver isso. E escrever sobre o assunto me lembrou de chá, que por sua vez me lembrou outro nome e é melhor parar de escrever tudo o que me lembro. Incrível como as coisas vão surgindo na cabeça da gente. Tenho dúvidas se é assim como todo mundo. Às vezes eu gostaria de poder ler mentes só para saber como a cabeça das outras pessoas funcionam. Aliás acho que já escrevi isso aqui em algum lugar. Às vezes também acho que tem alguém por aí que pode ouvir o que estou pensando. E tentando esconder pensamentos maldosos, por assim dizer, eu penso em outros ainda piores, porque não consigo evitar. E fico imaginando o que tal pessoa estaria achando de tudo isso. É ser paranoico isso?

Que será que tem de tão interessante lá fora? Ah, estou me fazendo de bobo, eu sei o que há lá fora. Não tudo, claro, sou bem reservado (ouso dizer careta), mas eu converso de vez em quando. Ainda assim não é tão atraente. É claro que o problema é comigo, não sou egocêntrico suficiente para achar que eu estou certo e o resto do mundo são verdadeiros babacas. Mas o que deve importar para mim é o que eu acho, certo? E o que funciona para mim, tenho certeza de já ter falado isso para algumas pessoas algumas vezes. Lembro de falar para uma várias vezes, e para outra uma ou duas. Mas devo ter falado mais.

Na época de Os Normais por algum motivo eu não assistia, acho que era fraco e ia dormir muito cedo. Agora temos o youtube, eu vejo vez ou outra. Toquei no assunto pois estava me lembrando de certas manias minhas. E certas coisas que gosto e não gosto e que são, não sei, estranhas. E que discuti algumas delas com alguém outro dia e talvez tenha sido uma conversa estranha. É, tem coisa que não passa pela minha cabeça contar para outros. São coisas estranhas demais, mas acho que a coisa começa a dar certo quando começamos a ter conversas estranhas com as pessoas. Dão certo, que digo, com estas pessoas. O importante é não deixar ir embora, senão, alguns meses depois, são só duas pessoas que falaram de coisas estranhas no passado e que agora fica aquele clima esquisito. Mas depois falo mais sobre o assunto.

Algumas coisas estão mudando. Umas para melhor, como o meu computador, haha. Outras para pior, como os novos temas do blogspot. Alguém já deu uma olhada? São bacanas, com uns efeitos legais, mas péssimos de personalização, lentos e que escondem algumas coisas que eu gostaria que ficassem por aqui, como a lista de blogs que acompanho. Muitos são meio parados, claro, mas são todos bacanas. Não boto qualquer um ali.

Quando sentei aqui tinha uma sensação estranha, um vazio ou algo assim. Pensei em algo para desenvolver ao longo da digitação. Eu iria começar exatamente como comecei e inserir aquele pensamento aos poucos. Acontece que fui lembrando de outras coisas, digitando e acabei esquecendo da coisa original. Agora fico com essa sensação de que não vou dormir enquanto não me lembrar do que se trata.

Estive pensando que já participei de alguns processos seletivos nesta vida. Alguns bons, alguns regulares e outros terríveis. Quero contar o mais terrível deles, mas por enquanto estou me sentindo muito "político" para fazer isso. Trabalho é uma coisa complicada, você sabe. Talvez não saiba, mas isso não é da minha conta.
Estava discutindo com a Rê a respeito ontem (Rê, para quem não sabe, é a senhora minha mãe). Disse a ela que existem algumas coisas que não abro mão enquanto trabalhador. Uma delas é a flexibilidade de não ficar preso a um horário medido em horas, minutos e segundos. Se me dizem para chegar as 9h, eu não vou chegar 9h. Posso chegar 9h04, 8h52, 9h18 e por aí vai, mas não 9h. Não que eu queira desafiar o famigerado número 8, não é isso. Eu gosto dele, o acho bem simpático quando fala sobre a família, mas, sejamos francos, eu não sou nem pretendo ser recepcionista, vendedor, atendente de telemarketing e similares. Para a empresa funcionar ela não precisa que eu chegue num horário em particular. Essa é uma das coisas que me fazem gostar do que eu faço. A possibilidade de ter um horário flexível.
Disse a ela que eu não sou pontual com o mesmo compromisso todo dia, mas que em retorno também não me importo de fazer algo a mais ou em horários não previamente acordados. Vê? Funciona para os dois lados. Ela quis comparar com algum professor qualquer da USP, veja só, que tem uma mãe doente e que estava gastando muito no hospital particular. Não aguentou pagar e deu uma conversada com o pessoal do hospital público, que deu um jeito de acomodá-la lá, gratuitamente, é claro, sem passar por todo o processo que os meros mortais têm de passar se forem fazer o mesmo. Deixei claro que me parece uma comparação completamente descabida e uma meia hora de conversa foi necessária para que ela cedesse. Imagino que pelo cansaço e não por ter concordado comigo. Odeio quando não terminam a conversa, mas enfim.. já falei de mais por hoje.

Comportem-se, meninos.