quarta-feira, junho 30

032

Ahhh, as benditas férias.... já era hora.
Boneco do TCC entregue, todas as notas sufientes para concluir o semestre sem exames ou DPs, estágio feito com todo amor e carinho... tudo nos conformes. Eu sinto um certo alívio, sabe?! Não aquele alívio que a gente sente quando está super apertado para ir ao banheiro fazer o número 2 e finalmente chega lá. Não, não, é o tipo do alívio que a gente sente quando terminamos nossas necessidades num banheiro desconhecido e vemos que há papel! Alívios a parte, eu ainda tenho muitas coisas para fazer. Aliás, sempre temos coisas para ler, escrever, pensar, refletir.... isso nunca para, não é mesmo? Acho que eu já pensei sobre isso por aqui, mas eu não ligo.
É meio chato, não? Não ter o que escrever? Não ter o que contar, não ter o que fazer. Por outro lado, mesmo sem nada a dizer já preenchi várias linhas. Estive olhando ali em baixo mais cedo e percebi o quão grandes são minhas postagens.... Não é a toa que ninguém lê, hehe.
:)

segunda-feira, junho 21

031

Hoje eu percebi que quando ando penso melhor. Não que eu ande muito por aí, mas lá no fundo sempre gostei. Perco as contas das vezes que liguei para aquela moça da rua de cima e a convidei para uma simples volta no quarteirão ou sorveteria - sempre o mesmo sorvete de flocos...
Recentemente, não exatamente andando, pensei em duas coisas. A primeira é uma espécie de metáfora envolvendo o plástico, o vidro e o diamante. Não quero entrar em detalhes, mas na minha cabeça o plástico era a imitação de má qualidade do vidro, que era a imitação de má qualidade do diamante. Não faz muito sentido assim cru, mas como é uma metáfora a coisa era bem pensada na minha cabeça. A questão é que eu fiquei pensando que existem muitos plásticos por aí com certas pessoas que conheço. Sabe, ter o plástico por ali parece bacana, porque ele é transparente também, bonito a primeira vista, principalmente lá de longe, quando você não tem uma visão muito boa... Mas aí você resolve chegar mais perto para ver com atenção. O que você vê é que na verdade todo mundo está sendo enganado. Aquele pedacinho de plástico não vale absolutamente nada e o que você tem é de fato o diamante. Pode ser numa quantidade muito próxima de zero, que parece nada perto do pedação de plástico que o outro sujeito tem, mas é diamante. É o importante. É o que eu acho, mas vou deixar isso de lado por agora.
A outra coisa na qual pensei é sobre duas outras pessoas em particular que eu conheço. As duas são bem parecidas, na verdade. Ambas são "formas de vida bípedes baseadas em carbono", ambas do sexo feminino, ambas por volta dos seus vinte e poucos anos, ambas têm cabelos pretos, ambas tem lá seu certo charme, ambas são bacanas comigo, ambas já disseram coisas boas a meu respeito (hehe), ambas já receberam elogios meus, ambas já me acompanharam ao cinema.... existe um mundo de semelhanças entre elas, mas também certas diferenças, afinal é aí que fica essa história de subjetividade! Apresentações feitas, eu preciso ressaltar a maior diferença entre elas e que só hoje fui perceber o que era. Sempre pensei que numa delas duas faltava uma coisa absolutamente elementar, mas nunca soube o que era. Hoje eu percebi. Falta paixão em sua vida.
Aho que devo explicações mais detalhadas.
A "mais completa" vivia sua vida, ao menos é o que me parecia, com uma certa paixão que é admirável. Lembro-me como ela era no trabalho, por exemplo. Ela simplesmente amava o que fazia e como fazia, a liberdade que tinha e a graça. Era incrível como ela se animava com o que tinha de fazer, que era bem trabalho inclusive. Ela fazia com muito gosto. Na verdade o gosto estava em mim - dava gosto de ver! E quando conversávamos e ela falava sobre o que ela queria para o futuro dela, o que ela queria fazer, como queria fazer, quem já fez, quem já faz, fora a sua inteligencia e a variedade de conhecimentos aleatórios que ela tinha sobre todas as coisas que eu perguntava. Na verdade de tudo o que eu admirava nela, o que mais me chamava a atenção era justamente essa "coisa" de saber de tudo e a paixão! Ahh, a paixão. Eu não reconhecia isso na época e nunca pensei na importancia que isso tem na vida das pessoas.
Já a outra garota não tem nada disso. Infelizmente eu não consigo ver paixão em nada que ela faz ou diz. Não vejo sonhos, não vejo desejos, não vejo vontade... Eu fico observando, pergunto aqui, pergunto ali, mas nunca tirei nada dela que se parecesse sequer um pouco com paixão. Me parece tão vazia, entende? Eu realmente não sabia que isso fazia tanta falta. A paixão. Por falar em paixão, conheço duas "Paixão".... pessoas bacanas. Acho que eu ainda preciso conversar com ela sobre isso.

"Time means nothing"

terça-feira, junho 15

030

Sempre que a aula termina e eu venho andando para casa passo o tempo pensando em alguma coisa interessante. Hoje, particularmente, vim pensando no meu relacionamento com a linguagem escrita. Eu até gosto dela e tal, pensei no jornalismo, mas...
Tudo começou na minha oitava série. Certa manhã, um dos colegas encontrou debaixo da carteira de outro colega uma papel dobrado/amassado. Havia uma espécie de poema lá. Eu acabei ficando com o papel por algum motivo desconhecido. Um tempo depois eu fiquei lendo aquilo e pensando "se ele consegue fazer, por que eu não?". Na época eu era fã de Linkin Park e mais uma ou duas bandas apenas. Não era tão fã de música assim. Naquela época eu lia a tradução das músicas que eu gostava, achava meio bobo, mas gostava das músicas mesmo assim. Fiz então minha primeira interação com a "arte" - que chique. Peguei frases aqui, frases ali e botei tudo em forma de versos e pouco tempo depois gostei do resultado. Falei "nossa, que legal". Mais tarde percebi que não tinha a ver comigo, pois as frases não eram minhas, então as substituí por coisas mais simples que eu mesmo criava. Ficou meio parado por um tempo, até que um ou dois anos depois eu comecei a variar meu gosto musical. Ouvi umas músicas diferentes, que hoje nem ouço mais. Comecei a me animar novamente e escrever toda aquela coisa melada de novo. Pouco tempo depois li um livro que mudou minha vida, mas depois eu falo dele. Na época também me socializei um pouco mais com os jovens que estavam por lá. Algum tempo na internet e li sobre os tais góticos. Achei interessante, e como eu sempre fui fã de preto gostei da idéia. Procurei mais algumas coisas e vi que normalmente os que se enquadram nesse quadro eram artistas de algum modo. Pintam, desenham, cantam, escrevem, atuam etc.. Resolvi tentar também, então fiquei ainda mais animado. Comecei a compartilhar minhas pequenas produções com uma amiga, que me abandonou (infelizmente), e ela compartilhava as suas comigo. Era uma troca bacana, eu gostava do que ela fazia, ela gostava do que eu fazia. O tempo foi passando, fui perdendo essas produções por alguns problemas computacionais e depois acabei perdendo o interesse. Um tempo depois fiz um trabalho na escola, que consistia numa redação sobre uma música chamada "Geração Coca-Cola", se bem me lembro. Não tinha idéia do que se tratava, e como era uma aula de filosofia imaginei que devia ter algo a ver com a atualidade, a coca-cola e os jovens "de hoje". Escrevi qualquer coisa lá e entreguei. Uma semana depois o professor (que era substituto, inclusive) disse que via traços de jornalismo gonzo no meu texto. Achei o nome engraçado, então achei que era coisa boa. Deixei pra lá. Umas semanas depois vi o que era o tal gonzo e não sei se gostei tanto, mas parecia a minha cara. Os meses se passaram e eu fui deixando isso de lado, acabei me envolvendo em outras coisas.... Acho que eu preciso mesmo é praticar.
O livro, aliás, é "O Guia do Mochileiro das Galáxias". Não é que a história em si tenha me feito enxergar a vida com outros olhos, nada disso, mas a maneira como o autor (Douglas Adams) colocava aquelas palavras para formar suas linhas, frases e parágrafos. Ah, que... Não tenho uma palavra exata para descrever o que eu penso do modo de escrever do sujeito. Aquilo me tocou, porque era um humor tão absolutamente limpo, inteligente e bem colocado. Nunca havia lido nada que se comparasse, então quando li o livro, li umas 4 vezes.
Quer saber, escrevi bastante, estou com sono, apresentei o seminário, tem prova na quinta ou na sexta... estou cansado já. Só pra constar, estou aprendendo a mexer no Gimp ;)

029?

Incrível! A gente deixa passar um trabalho aqui, deixa de ler um texto ali e de repente você está atolado em obrigações e coisas chatas, ou ao menos coisas que você não quer fazer naquele momento e com tão pouco tempo. A gente sempre acha que vai conseguir resolver tudo em 10 minutos ou quem sabe amanhã. Ingênuos.
Não vejo a hora das férias.... há umas duas semanas pensei em aparecer por aqui, escrever uma coisa... Era até interessante, mas aí eu fiquei com sono, no outro dia eu fiquei com preguiça, no outro fiquei vendo seriado, no outro eu já havia me esquecido. Esse é o problema com a falsa impressão de que sempre há mais tempo, porque quando vamos procurá-lo ele já não existe mais. Tentarei ser mais fiel, tentarei.