segunda-feira, abril 30

Música, burocracias e letras representando pessoas

E novamente percebi que foi tempo demais, então vamos tentar.

Música! Já devo ter contado para um ou outro como ela funciona para mim, mas vamos deixar isso público agora.
Ouço música para pensar. Sempre. Quando trabalho, preciso pensar, então ouço música. Quando escrevo aqui, preciso pensar, então ouço música. Quando quero pensar na vida... bom, ouço música. Quando vou de cá para lá (e de lá para cá também) gosto de pensar, então música mais uma vez. Gosto mais das que não estão em português, me permitem focar minha atenção ao meu pensamento e simplesmente apreciar a parte sonora da coisa toda. Um dos efeitos positivos é que posso descobrir coisas novas sobre as músicas mesmo depois de passar muito tempo ouvindo. Isso me agrada bastante.
Também tenho uma espécie de medo de ouvir novos álbuns da maioria das bandas da minha coleção. Não sou tão fã de mudanças, então às vezes posso não gostar dos novos álbuns. Quando descubro que há algo novo não consigo deixar de pensar na possibilidade de que este pode ser ruim e abalar a imagem que tenho da banda. Não sei se já contei, mas eu gosto do A Fever You Can't Sweat Out da Panic! At the Disco. Passei várias noites do meu tempo de ensino médio ouvindo aquelas músicas incríveis, mas daí descobri o Pretty Odd e hoje vejo a banda com outros olhos. Aconteceu o mesmo com Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, Rock Rocket, 30 Seconds do Mars e Arctic Monkeys (no Humbug). Por isso não tive pressa de ouvir Angles (the Strokes). Durante a semana confessei no twitter que foi um erro. Vamos seguir então.
Geralmente eu não coloco imagens ou links nos posts. Não sei se quero mudar isso. Lembro que coloquei alguns vídeos da We Are Scientists e um do Luiz Tatit. Vou fazer algo assim neste post também, e espero que seja bem vindo.
Resolvi assinar o OiRdio (sim, estou recomendando :)). É FANTÁSTICO. E aí, além de ter tomado coragem para ouvir finalmente o Angles, descobri dois álbuns que ouvi e muito durante a semana. Vou colocar aqui:

Ta-ku - 50 Days for Dilla
Black Sky Blue Death - Noir

Agora acho que é trabalho e burocracia. Não pensei muito nisso, então vamos ver no que dá.
Gosto de procedimentos. Gosto que as coisas estejam bem esclarecidas, que tenhamos um fluxo bem definido de informações. Gosto de ter a coisa escrita, para poder lembrar, acompanhar e, porque não, justificar. Já me repreenderam por isso. Disseram que era muita burocracia e que isso pode limitar a criatividade. Bom, sempre olhei tal frase com maus olhos.
No meu trabalho tenho as duas situações. Por um lado a falta de um processo bem definido faz com que haja retrabalho, coisas deixadas para trás ou não tão bem feitas. É irritante. Por outro lado, há certa burocracia nesse meio todo. Veja só, a pessoa A diz para a pessoa B e para a C que tal coisa precisa ser feita. Essa pessoa B conversa com a C a respeito e com a D. A D é somente avisada que a C irá lhe dar trabalho mais a frente, enquanto a C continua, fazendo sua parte. Depois, a C envia sua parte do trabalho para a B e a D avaliarem. A D faz a sua parte do trabalho e envia novamente para a A, a B e a C (e outros envolvidos) para que estes aprovem. Daí a A sempre tem algo a adicionar/remover/alterar, então diz à B que diz à D. A D altera e finalmente tudo está em paz, até a A precisar mudar algo novamente, mas aí já é outra coisa. Houve um tempo que era mais simples e mais rápido: a pessoa A passava à pessoa D (que seria a B nesse caso, já que a verdadeira B e a C não existiriam nesse cenário) o que ela deveria fazer. A B (lembra que é a D?) faria, levaria para a A aprovar e aí a coisa estaria pronta para o que deveria fazer.
Outro dia aconteceu a seguinte situação: a pessoa A disse para a pessoa B que precisava de uma coisa. A pessoa B precisava saber de uma informação para fazer essa coisa, mas a pessoa A não sabia, pois dependia de um fornecedor. Ao invés de lidar diretamente com o fornecedor, a pessoa A precisava falar com uma pessoa C, para que esta conseguisse um contato com o fornecedor e a informação chegasse até a B. Só que a C, que é muito metida, resolveu dar a informação por ela mesma, e a pessoa A passou a informação que recebeu para a pessoa B. O caso é que a informação estava incompleta, e a pessoa B perguntou para a A se a C havia perguntado ao tal fornecedor ou se tinha tirado de sua própria cabeça. Novamente a pessoa A teve que ligar para a pessoa C e pedir a informação correta e só aí as coisas se acertaram. Os caminhos parecem muito longos para uma equipe tão pequena quanto a envolvida em tal projeto. Sou meio impaciente.

Bom, tenho mais uma coisa na cabeça. Envolve dinheiro, jovens, pais e propagandas, mas este post já está muito longo e não quero gastar tudo de uma vez. E também corro o risco de ser bastante indelicado se resolver falar sobre esse assunto sem pensar da maneira adequada.

Disse que ia mudar o design disso aqui faz um tempo, não é? Estou meio desanimado com isso. Olha, ouça as músicas ali de cima e me diga o que achou, certo? Falou!

Ah, se você ficou confuso com a coisa das letras, tente substituir por nomes, pode ajudar.
Chame a A de Jorge, a B de Natanael, a C de Camila e a D de Bento.