quarta-feira, novembro 21

Eu e os conhecimentos gerais

Sempre tive problema com história na escola. Até hoje não sei como passei nas provas, mas não sei nada sobre a história do Brasil ou do mundo. Não sei quando alguém fez alguma coisa. E, pelo que ouço, houveram várias pessoas, que fizeram várias coisas em vários períodos ao longo dos séculos.
Esse detalhe sempre foi uma daquelas coisas que não gosto muito de falar por aí e também é a causa de eu frequentemente não saber que os feriados estão chegando.

Por conta disso, acho que eu não levaria muita coisa para casa se participasse do Show do Milhão. Nem passaria por aquelas provas apertadas de "conhecimentos gerais" que aparecem no O Aprendiz. E também não iria fazer um bom trabalho nesses concursos públicos (e é importante ressaltar que, por enquanto, não tenho o MENOR interesse em participar) nem em vestibulares e afins.

Não sei bem o porquê disso. Talvez meus professores não tenham conseguido tocar nesses assuntos de uma forma que me despertasse o interesse, talvez seja apenas chato ou eu tenho algum problema. Fora os efeitos que destaquei acima, frequentemente me pego pensando nas consequências negativas desse meu "problema"  pela vida. Não tenho recordações de ter conversado com alguém, em qualquer lugar, sobre assuntos relacionados à história do Brasil ou do mundo. Também não me lembro de ter ouvido alguma conversa sobre isso e ficado de fora pela ignorância no assunto. Já a geografia é mais comum. Também nunca me interessei por ela, mas vez ou outra ouço as pessoas falando de cidades ao redor do mundo, que todo mundo conhece, e eu fico meio perdido. Mas ainda assim não é algo que me incomode tanto. Só me incomoda um pouco porque não gosto da sensação de não saber de alguma coisa, mas como estou ciente que nunca irei saber tudo, fico tranquilo.

Também nunca me envolvi muito com política (e tenho a impressão que já postei algo relacionado) nem me preocupei em ler os jornais e saber quem morreu, quem casou, quem desapareceu etc. Certa vez uma entrevista de emprego não deu muito certo por isso. E só, até onde me lembro. Mas não quer dizer que foi ruim, talvez eu nem ficasse por lá mesmo.

Apesar de tudo isso, eu continuo meio resistente a ideia de mudar "essa minha característica" (ou tentar) porque ainda acredito que mais importante que saber um pouco sobre coisas que não tenho o menor interesse, é saber o máximo que eu puder sobre o que tenho interesse e que pode me ser útil.
Saber quem começou a Guerra do Pistache com certeza não irá me ajudar a desempenhar meu trabalho melhor, não vai fazer o código simplesmente surgir na minha cabeça. E eu gosto do que eu faço. Gosto de escrever código (para quem não sabe, é o que faço da vida: programas). Isso me dá dinheiro e me faz sentir ativo. Ainda não me dá aquela sensação de estar fazendo algo de útil para a sociedade (e essa é uma das coisas que busco), mas muitas pessoas já usaram suas habilidades nessa área para fazer alguma coisa boa. Estou apenas esperando uma epifania.

Não acho que tenha algo errado em simplesmente focar naquilo que se quer fazer. Acho errado a sociedade  pressionar para que todo mundo saiba aquilo que todo mundo acha certo e pronto. Também não estou pregando que ninguém deva se aventurar nessas áreas que para mim são desconhecidas, senão iremos, com certeza, cometer novamente os erros que cometemos anteriormente e aprendemos que eram ideias erradas. Estou dizendo que o fato de eu saber ou não que dia 2 de janeiro é feriado não faz assim tanta diferença para o mundo.

Talvez um dia eu seja mais minucioso ao discutir esse assunto, mas por ora ficamos assim.
Ontem comecei a escrever algo aqui, mas...

segunda-feira, novembro 19

Sou apenas orgulhoso. E tenho uma boa memória para o que de ruim acontece, infelizmente. Pergunte a qualquer um.
E não consigo me forçar a esquecer certas coisas. Já outras vão embora antes que eu possa anotar. E aí li num lugar que não se deve fazer promessas quando estamos felizes (ou algo minimamente parecido). E deve ser numa dessas imagens bobocas que o povão posta no Facebook. Algumas escapam. E acabo constatando que certas coisas deveriam ter passado por mim antes, como a tal frase. E esta música.