segunda-feira, setembro 19

Zebras

Estou apenas esperando. Não tenho muito o que escrever aqui nem nada, aliás nem sei se quero, mas estou esperando. Não quero fazer outra coisa em outra parte da casa, nesta também não há nada de interessante, então... Vou me distrair aqui um bocadinho, pois estou esperando.

Estava procurando alguma coisa nos meus e-mails e achei trecos bacanas lá. Achei, inclusive, um programinha que fiz, guardei uma cópia no 4shared e agora, anos depois, quando testo não funciona. Só que essa cópia do 4shared que não funciona, a que estava desprotegida no e-mail funciona que é uma beleza. Estou com vontade dar uma olhada naquilo. Talvez melhorar um pouco, mas não quero falar sobre isso.
Achei também umas mensagens trocadas com um grupo de pessoas do meu círculo, por assim dizer. Ao menos da época, faz tempo já. Influenciei algumas decisões que tomamos ali. Na verdade seguimos o caminho que eu desenhei. Achei bacana isso. Não somente porque funcionou, mas porque gosto quando fazem o que eu digo, haha. Quem não gosta? Jogue a primeira pedra! Mas não em mim, por favor. Se for jogar algo em mim, que seja dinheiro :D Quanta bobagem, vamos seguir.

Hoje me pareceu uma daquelas segundas nas quais as coisas dão certo. Sabe por que? Porque as coisas deram certo. Ainda falta uma,  mas estou esperando, como eu disse alguns minutos atrás. Talvez segundos. Foram minutos para mim porque parei para ver um vídeo que postaram no Facebook. Talvez você leia mais rápido. Mas eu não me importo com isso, vamos seguir.

Ando tendo uns contatos simpáticos com desconhecidos, por mais que a frase pareça estranha. Mas não é. Ao menos não o que anda acontecendo. Costumo dizer que gosto de dar asas a imaginação das pessoas. Se elas querem pensar algo a meu respeito, eu incentivo, mas que ela não espere estar certa se não me perguntar sobre a parada.
Voltando ao assunto, mesmo com esses contatos agradáveis, ainda há quem ache que isso pode melhorar. E, só para confirmar, é alguém além de mim, então não estou pensando sozinho. Vou assumir que você entendeu o que eu quis dizer e continuar. O caso é que eu não sei abordar estranhos na rua. Os últimos que andaram me "puxando pelo braço", eu só virei e respondi quando perguntaram meu nome e se eu achava as zebras animais engraçados. "Olha, nenhuma nunca fez uma gracinha para mim, então estou neutro com relação a isso", dizia pra eles.

Lembram do George? Aquele mesmo, que fez uma bela participação na propaganda do Google Wallet (mesmo no DVD que eu comprei, acho que nunca vi Seinfeld com essa qualidade de imagem :D). Ele disse algo sobre abordar estranhos na rua. Disse o seguinte: "Carecas sem emprego que moram com os pais não abordam mulheres estranhas". Bom, eu modificaria um pouco para se encaixar ao meu perfil (sim, eu tenho um emprego). Para ser sincero acho que essa frase está incorreta. Eu não sabia exatamente em qual episódio estava, então procurei no Google as palavras que ele disse. Achei esta legenda que não está me convencendo e por ela descobri o episódio. E é justamente da sexta temporada, que é a única temporada de seriado que já comprei nessa vida e eu realmente não estou com a mínima vontade de ir buscar os DVDs.

Quer saber? Já escrevi demais. Isso que eu nem queria. Vou esperar fazendo outra coisa.

Falou!

domingo, setembro 4

Jornal e banheiro

Fiquei com medo de não voltar, mas nesta sexta-feira aconteceu algo novo e... bom, compartilhei no twitter o espírito da coisa, mas acho que posso aproveitar o espaço daqui e a falta de limitação de caracteres para deixar mais claro o que aconteceu, não é?

Cheguei no ponto de ônibus, sentei e uns minutos depois o sujeito que estava do meu lado disse para eu ler a capa. Era um sujeito mal vestido, sujo, aparentemente um mendigo ou algo próximo disso. Achei que ele não sabia ler, então li em voz alta para o rapaz. Quando terminei ele me explicou do que se tratava e que no dentro do jornal eles explicavam. Então ele sabe ler, afinal de contas (e provavelmente melhor que eu 7h30 da manhã). Depois leu uns 4 ou 5 outros títulos e me perguntava quando não compreendia o que queria dizer. Ele entendia as palavras, mas ficava confuso sobre o significado. Mas não da frase em si. Parecia que não tinha entendido no jornal funciona assim: a matéria é o que vem abaixo do título e não somente ele.

Não pego um daqueles ônibus abençoados, cheio de moças jovens e exuberantes (acho que é a primeira vez que escrevo esta palavra na minha vida). Não, são moças lá com seus 50 anos, que não ligam de ficar com a barriga de fora, mesmo que não sejam barrigas bonitas. Mesmo assim o sujeito resolveu fazer comentários baixinho sobre as formas das mulheres. Comentários depravados e completos de malícia. Inclusive perguntou sobre minhas preferências. Como sou um sujeito reservado, mas ainda assim que tenta ser polido, dei respostas vagas e pouco tendenciosas até que ele disse que é assim mesmo. Disse que não devemos forçar as mulheres, senão dá cadeia. Disse que não quer voltar pra lá por nada, que ficou 18 anos preso porque, segundo ele, matou 3 pessoas. Não resisti e tive que recomendá-lo para parar de matar as pessoas. Ele deu os motivos dele. Dois compraram "bagulho" dele, seja o que for, e não pagaram. Ele "teve" que matá-los. O terceiro comprou uma bicicleta cara dele e não pagou. Morreu também. Depois disso apertou a minha mão, e todo mundo que me conhece sabe o quando eu adoro isso, e foi embora.

Fiquei pensando sozinho... ele vendeu para um, que não pagou, matou e foi pra cadeia. Depois de novo. Por que diabos vendou a bicicleta fiado também? Será que ele não desconfia que as pessoas não gostam de dar seu dinheiro pra ele? Sabe, dizem que errar é humano, mas persistir...

Era uma bicicleta. Será que não poderia tomar a bicicleta do caboclo? Precisava matá-lo? Sei lá o que se passa na cabeça desses sujeitos.

Por outro lado também ele poderia estar querendo me impressionar. Talvez me assustar. Bom, eu vou me lembrar de não comprar nada fiado dele pra garantir.

Falando um bocadinho de mim agora, tive uma conversa bastante esclarecedora hoje. Acho que devo mudar. Não é bem que esclareceu alguma coisa, mas... saiu, compreende? Quando as coisas estão presas dentro de você, te pressionando, pressionando e de repente você deixa sair e se sente bem? É quase como ir ao banheiro!

Tudo bem com você?

Ah, o título não transparece o que você acabou de ler, não é? Me diz uma coisa: você chegou a pensar nisso antes de chegar nessa frase ou nem percebeu?