sexta-feira, agosto 17

Por que gosto dessa música?


Uma vez, em 2000, estava voltando para casa da escola com alguma amiga. De repente ela perguntou sobre meu gosto musical. Na época eu não ouvia nada, não ligava para nada. Disse que não gostava de nada em particular, sequer ouvia alguma coisa. E era assim.

No decorrer dos anos, acabei pensando nessa pergunta algumas vezes, principalmente quando me deparava com minha resistência às músicas novas. Justificava como medo, sabe? Já devo ter dito isso para algumas pessoas, postado no Facebook...

Hoje penso um pouco diferente. Na realidade percebo que frequentemente acabo procurando músicas de alguns anos atrás ao invés de conhecer coisas novas. Ou continuo ouvindo sempre a mesma coisa. Acontece que quando vou ouvir de fato as músicas que tenho por aqui, procuro pelo que sentia na época na qual as ouvi pelas primeiras vezes. Geralmente acabo gostando mais das músicas quando estou passando por bons momentos quando as conheço. Estas que busco na minha "velha" coleção me levam de volta àquele tempo feliz. No final é o que procuro, provavelmente por não estar num bom momento.

Outras vezes ouço só para ter algo fazendo algum som enquanto trabalho ou faço outra coisa qualquer. Estes são os momentos sensíveis. Se estou num bom momento, a música do momento será procurada num futuro próximo na busca por conforto emocional. Se estou num momento não tão legal, sei que ela não está na lista das mais ouvidas durante o ano.

Afinal era medo mesmo (a coisa com as músicas novas). Não saber exatamente qual é o momento e a quais emoções as músicas novas irão se associar...

terça-feira, agosto 7

Venha me conhecer

"Ah, se as pessoas viessem com manual de instruçoes"
Sabe o que é isso? Superguidis. Acho que preciso fazer o meu. Desde meu maior envolvimento com as comunidades no Orkut, vivia lendo pessoas reclamando das minhas respostas, dizendo que eu deveria ser mais humilde. Eu sempre ficava incomodado com essa "recomendação". A palavra "humildade" me incomoda. A questão é: faziam as perguntas, alguns se atreviam a responder, ninguém resolvia o problema, eu respondia, o problema era resolvido. Ponto. Que mais estas pessoas querem da vida? Veja só, usei grande parte do meu tempo lendo, pensando e pesquisando para desenvolver o pouco conhecimento que tenho. O sujeito não fez o mesmo, ao menos não na área específica tratada na comunidade, faz uma pergunta qualquer, sem pensar em ir ao Google primeiro, e quando respondo ainda fica de mimimi? Sacanagem, hã? Sim, é a primeira vez que escrevo mimimi. Soa esquisito saindo da minha boca, não é? Por isso eu tenho um blog e não um vlog ;)
Apareceram alguns que aparentemente estavam mais interessados no conhecimento que eu tinha a oferecer e falaram numa boa. Com alguns até ficaram para conversar depois. Um, inclusive, fez um comentário bastante duro a respeito do meu comportamento em certa enquete, mas até hoje fala comigo numa boa, me pergunta alguma coisa que queira saber, eu pergunto também.. Estamos indo bem. Ele, imagino, sabe que sei dar respostas duras, que sei dizer que ele deve procurar tal informação no Google primeiro e que certos assuntos eu não vou discutir, mas ainda assim posso levar a algum lugar.

Eu contei aqui outro dia de alguns problemas que as pessoas parecem ter com a compreensão do que digo. Bom, dei uma procurada aqui nos posts passados e aparentemente não contei. Não tem problema, conto agora, é rapidinho.

Certa vez estava de saída do trabalho, quando na porta um colega me perguntou algo. Não lembro exatamente o que era, sei que respondi alguma coisa e falei que estava indo cuidar da minha vida. Ele interpretou que eu estava dando uma resposta grosseira, com más intenções. Já na minha cabeça, estava apenas comunicando que eu iria passar minha noite cuidando dos meus assuntos cotidianos. Falando com uma pessoa ou outra, lendo uma notícia ou outra, iria jantar, me banhar, fazer cocô... O básico. Não me lembro se foi naquele momento ou numa ocasião posterior, mas acabamos esclarecendo isso. O caso é que sempre digo que eu vou cuidar da minha vida, porque eu vou. Não tem nada de mais, tem? Depois de um tempo lembrei que num trabalho anterior tive a mesma situação. A guria me perguntou algo, eu respondi, disse que ia cuidar da minha vida e ela disse algo como "nossa, quer dizer que você está falando que eu deveria cuidar da minha e te deixar em paz?". Percebe? De onde ela tirou isso? Não quero dizer o que as pessoas devem fazer da vida delas, assim como não quero ninguém me dizendo o que fazer da minha. Estava apenas dizendo o que EU iria fazer da minha noite. Não sei de onde as pessoas tiraram essa mania de querer ver segundas intenções em absolutamente tudo que é dito. Eu não sou assim, não tenho segundas intenções, não faço "jogos" nem nada. Eu falo e pronto. Se eu não falo nada, não tem nada. Pare de assumir as coisas, isso não faz bem. Gaste o tempo de processamento do seu cérebro pensando em coisas mais úteis, sei lá. Imaginar minhas possíveis segundas intenções é, com toda certeza, perda de tempo.

Outro dia soube que uma colega de trabalho estava muito nervosa comigo por alguma razão. Não souberam me dizer o porquê e ela também não me deixou perceber isso, mas, pelo que soube, se resolveu. É que geralmente quando me pedem uma coisa, eu só faço logo de cara se for algo coerente na minha opinião. Se não for, eu questiono e tento resolver isso antes de partir para ação. Veja bem, se me pedem alguma coisa, imagino que seja porque a pessoa não consiga resolver o problema sozinha, ou não é exatamente a "praia" dela... Se ela pede para mim, talvez seja porque eu seja mais adequado para a tarefa, certo? Então se eu, nessa posição, tenho algum problema com a abordagem que me foi apresentada, não faz sentido discuti-la para tentar fazer o melhor? Veja, se acho que não faz sentido o que você está me dizendo, pode ser que eu não tenha entendido bem, aí preciso perguntar para você me explicar mais uma vez, ou você não está vendo bem as coisas, aí meus questionamentos são para tentar uma abordagem melhor e assim a tarefa ser melhor executada. Tentar fazer o melhor, sabe? É o que penso, porém algumas pessoas não compreendem bem isso. Acham que eu me recuso por qualquer outra razão, menos querer ajudá-la.

E hoje aconteceu de novo. A guria mandou um e-mail, eu fiz um comentário a respeito de um detalhe sobre o que ela escreveu, ela pareceu interessada, então mostrei como poderia ter escrito aquilo de uma maneira que fizesse mais sentido (não que estivesse completamente errado, mas é um detalhe que eu noto e provavelmente outras pessoas também). Longe de mim ser um grande conhecedor das nossas regras gramaticais, mas alguma coisa eu sei, não é? Aí ela me responde "no próximo quem sabe eu alcanço as expectativas de raciocínio". Algo me diz que ela não ficou muito satisfeita, não é? O que parece para você? Sei que ao menos ela fez um comentário sobre, mas... enfim.

Há algum tempo andei conversando com meu novo colega de trabalho. Ficamos ali, lado a lado, o dia todo, então é natural. Ele não tem tanta experiência na nossa área de trabalho, então fica difícil discutir questões técnicas com ele. Então fazia perguntas aleatórias para conhecê-lo um pouco mais. De repente eu pergunto "como o PHP entrou na sua vida?". Daí ele responde, perdemos uns 10 minutos discutindo isso, depois volto a me concentrar nas minhas atividades, músicas e agradável diálogo com meu eu interior. Passa um tempo e solto outra questão. Em algum ponto da semana passada, alguém da sala vizinha disse algo do tipo "ah, o fulano está sofrendo com o Luís". Não acho que uma conversa saudável sobre a vida profissional do garoto seja tão sofrida assim, mas, de toda forma, como tenho esse histórico de más interpretações, resolvi mudar minha abordagem para evitar ainda mais comentários. Não pergunto mais nada. Fico cuidando da minha vida, com a minha música e meu trabalho e ele fica com o dele. Podemos passar o dia todo sem dar uma palavra. Eventualmente ele me procura para tirar uma dúvida e eu gosto sempre de explicar a coisa completa, não simplesmente falar "põe isso aqui que resolve". Ele está cru, precisa entender um pouco mais de como as coisas funcionam, assim como fizeram comigo quando eu era mais novo nesses assuntos complicados de computador. Não sei se está melhor ou não pra ele, mas ao menos acho que não ouvirei mais reclamações. E se ouvir também, vou mandar pro inferno :D haha. Não, eu não vou.

E novamente, voltando ao mundo do trabalho... uns meses atrás consegui ferir o ego de alguém que acha ter poder em qualquer lugar que vai. Pense numa prefeitura e depois no responsável por um departamento qualquer. Era esse o sujeito. Tivemos certo desentendimento alguma vez, não lembro porque, mas tenho a impressão que o motivo era ele querer ditar como eu, de um departamento completamente diferente, deveria fazer o meu trabalho. Trabalho esse que: a) o sujeito não tem ideia de como é/deve ser feito; b) não é de sua  "alçada". Não permiti que isso acontecesse e ele ficou meio revoltado, mas eu não ligo. Sei que um tempo depois ele foi nos visitar, cobrando algumas coisas. Eu expliquei a situação de forma educada e coerente, e ele perguntou de outro material que estava ali na sala. Eu respondi o que era, daí ele queria saber mais detalhes. Respondi eu não sabia se aquela informação lhe era pertinente. O homem ficou, como dizia um amigo, indócil. Saiu reclamando para Deus e o mundo. Sabe o que é isso, não é? Acha que é o dono do mundo e que todos devem fazer o que ele manda por ter meia duzia de funcionários a sua disposição. Isso acontece bastante, é triste. Tenho pena dos funcionários e do babacão que faz esse tipo de coisa. Algo que todos devem saber sobre mim é isso: pseudo-autoridade não quer dizer nada para mim. Se quiser meu respeito, tem que fazer por merecer. Em ambiente de trabalho, eu ligo para o trabalho. Se o seu trabalho for bom, eu te respeito. Se você souber o seu lugar, eu te respeito. Se você quer meter o dedo no meu pedaço, eu vou fazer de tudo para tornar a estadia do seu dedo bastante desconfortável. E, acredite, consigo ser bastante burocrático quando eu quero e nada aborrece mais as pessoas que burocracia desnecessária, não é? Aliás esse negócio de prefeituras e tal... Complicado, não é? O sujeito deve ter passado 40 longos anos da vida dele puxando saco de um monte de gente tão babaca como ele e agora quer que os outros puxem o seu. Bom, não eu, colega. Só se você me der um soco na boca. Ou ameaçar me dar um soco na boca, sou covarde, hehe.

Por ora não estou mais lembrando de outras situações. Acho que no final, tudo se resume a alguns pontos chave:

  • Não tente ver segundas intenções em minhas palavras. Eu digo o que quero dizer e o que quero dizer é o que digo. Se não disse, é porque não quero dizer ou porque não penso assim. Seja como for, não perca tempo tentando entender completamente meu modo de pensar. Você pode até conseguir, mas como ter certeza? Vá tomar uma cerveja no lugar e me deixe em paz;
  • Se me nego a fazer algo, ou é porque você não entendeu bem o seu problema ou sua explicação não foi muito convincente. Seja como for, só conversando que a gente se entende. E estou sempre aberto a discussões, mas detesto quem fique rodando o tempo todo nas mesmas afirmações. Tente usar argumentos diferentes. Você quer que eu entenda ou fique cansado?
  • Não gosto de muita gente, acostume-se com isso. Não é por isso, entretanto, que serei extremamente desagradável com essas pessoas. Elas me respeitam, eu as respeito, simples assim. Mas também não vou ficar puxando conversa (vide tópico abaixo);
  • Não gosto de jogar conversa fora;
  • Sempre que eu disser qualquer coisa e você achar que estou sendo desagradável, pense que eu provavelmente não isso e que tudo o que eu lhe digo é com muito amor e carinho.
Hoje sem música, estou cansado demais já. Fiquei muito tempo escrevendo esse post aqui e ainda terei que dar uma lida para ver se não falei coisa que não devia. Na boa?

quinta-feira, agosto 2

Esmaltes

Olha, eu nunca entendi muito de maquiagem, cabelo, sapatos, roupas e nem nada do universo feminino. São criaturas muito complexas para meu pobre cérebro de programador de computadores. Nunca entendi, por exemplo, o fascínio que elas têm por esmaltes exageradamente coloridos. Apesar disso sempre respeitei e deixei pra lá. Semana passada, entretanto, vi algo que me deixou completamente perplexo: a guria pintou 8 dedos das mãos de uma cor e os outros 2 de outra. Formulei algumas teorias, que talvez a guria estivesse com alguma preocupação mais urgente e não se atentou para o "erro", até que outra pessoa mais próxima apareceu com a mesma pintada. Disse se tratar de "filha única" ou algo parecido, posso ter esquecido. Não consegui me conter e tive que dizer a ela que não confio em pessoas que fazem isso. Agora não é mais "não entender", entende? Sim, eu julgo o livro pela capa, a banda pelo nome e as gurias pelo esmalte. Posso fazer isso, não posso?

Olha, pra falar a verdade esse post foi bem meia boca, mas é que a intenção aqui é a música mesmo :)



Espero que goste, ótima música para dar uma animada no trabalho. Aliás, por ora minhas preferidas são a 4 e a 8. E desculpem faltar a 3, mas fazer o quê. Eu ouço pelo OiRdio, são ~R$9 bem investidos, se você quer saber. E se você tem um Android, vale a pena pagar os ~R$15 para usar o App, é fantástico.