terça-feira, março 20

agora pode ler!

Realmente não gostei da última coisa que escrevi aqui, mas acabei me sentindo obrigado a continuar com aquilo já que fazia um mês desde a última vez. Não sei se serve como desculpa, mas para ser sincero não sei se tenho algo melhor a oferecer.

A verdade é que ando tendo aqueles momentos difíceis. Difíceis de viver e mais ainda de explicar sem compromisso. É aquele momento que dá para ver claramente que não estou fazendo o que quero fazer. Também estou tentando me comportar bem e oferecer o suporte que acredito ter que oferecer em todos os momentos que parecem adequados. E tenho falado frases simpáticas e gentis naquele primeiro contato desajeitado no começo da noite, por assim dizer. Também me distraí de certos pensamentos e fui para a cama pensar quando realmente não tinha mais outra maneira de lidar com as coisas. Tentei fazer o mais tarde da noite possível, na esperança do sono chegar muito rápido e acabar logo com a coisa toda. No amanhã senti que boa parte da angústia foi embora, e quando deitei novamente me dei conta disso, mas talvez estivesse enganado. No depois de amanhã tudo voltou. Talvez não com a mesma força, esqueci de alguns detalhes nesse meio tempo (mas ao escrever sobre, lembrei!). Tentei observar oportunidades ou mesmo criá-las, mas conspiraram contra e talvez eu nem tenha me importado. O eu não sou eu, neste caso, mas não estou pronto para dizer de outra forma. Não estou procurando ser claro aqui, muito menos contar exatamente o que anda acontecendo comigo. Essa não é a forma apropriada. O que estou fazendo aqui é apenas tentando liberar um pouco da pressão com uma falsa sensação de que algo foi dito e atingiu o problema em cheio e talvez agora ele tome jeito e vá para casa, longe de mim. E mesmo que não tenha funcionado exatamente desse jeito, ao menos serve para me deixar com mais sono, numa tentativa de diminuir os próximos minutos de tortura psicológica que somente minha cama é capaz de proporcionar.

Mas ontem foi produtivo, acabei percebendo uma coisa bem importante. Algo não tão bom, admito, mas é sempre bom saber das coisas.

Acho que este está melhor que o de ontem, mas posso estar enganado. Sei que para mim está. Aliás nem sei se foi ontem mesmo e, francamente, eu não dou a mínima.

quinta-feira, março 15

Não leia!

Mais de um mês, cara. Eu deveria estar envergonhado, não?
Até tenho pensando em algumas coisas legais e que talvez seriam interessantes para quem costuma dar uma lidinha nisso tudo que escrevo aqui, mas o problema é que são coisas difíceis de se começar a contar do nada. Normalmente envolve uma conversa qualquer sobre um assunto sem importância que vai crescendo e crescendo e aí foi! É difícil isso num blog, ao menos para mim.

Não sei se falei sobre meu trabalho aqui no último post ou se somente pensei no assunto. Sei lá, o que sei é que ando pensando bastante na minha relação com o trabalho. Não estou confortável com ela, acho que preciso mudá-la. Não entenda com isso que estou dizendo que meu trabalho seja ruim ou que minha empresa seja ruim. Não é nada disso, minhas reflexões sobre o trabalho não se relacionam às minhas atividades em si, mas sim o que o trabalho tem significado na minha vida, como ele interage com minhas outras atividades diárias. Não é questão de trabalhar muito também, mesmo porque não acredito ser este o caso. Também não é trabalhar pouco. É algo mais relacionado ao significado, tanto para mim quanto para outros. Fora o lado financeiro, no que meu trabalho está contribuindo para mim e minha qualidade de vida? E para o da sociedade? Sempre desejei poder olhar para o meu trabalho e dizer "alguém, em algum lugar está se beneficiando disso que acabei de fazer" e sentir aquela sensação gostosa de ter a oportunidade de ter contribuído para o bem estar de alguém fazendo algo que gosto de fazer. Acho que faço o que gosto, afinal. Esse "se beneficiando" talvez não transmita o que quero dizer, mas estou cansado para corrigir.

Quem acompanha meu twitter (@beeblebrox3) deve ter notado que só me lembro dele para reclamar de alguma coisa. Nestes últimos dias meu alvo foram NET e Claro. Outro dia no podcast Café Brasil (http://www.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast/), o Luciano Pires falou algo que sempre pensei, mas não de forma organizada, sobre nossa relação com esse tipo de empresa. Ele não foi tão específico, mas a ideia da coisa toda era que nós, enquanto consumidores, estamos acostumados a receber um serviço de péssima qualidade. As empresas entendem isso então não há motivo para melhorarem. "Ah, mas e a concorrência" você vem me dizer. Bom, será que há mesmo? Veja só, fui mudar de operadora de celular. Olhei os planos das 4 que funcionam aqui (Claro, Oi, Vivo e Tim) e a claro ainda parecia mais vantajosa. Como era dela que estava saindo, fui para a segunda. Pareceu a Oi e mesmo assim não era lá essas coisas. Talvez seja uma característica dos planos pré-pagos, mas... Eu não tenho coragem de usar uma linha pós-paga. Com o pré-pago, se some 1 centavo você fica sabendo na hora e pode tentar (veja bem "TENTAR") resolver ali na hora antes que outros centavos resolvam acompanhar o que fugiu originalmente. No pós-pago você só sabe disso muito tempo depois e talvez você nem repare no quer há na conta ou talvez o trabalho que dê para resolver faz com que não compense tentar. Às vezes para resolver você precisa de muitos dias e acaba precisando pagar a conta mesmo com erro para evitar precisar do serviço e ele não  estar disponível. Em termos de atendimento não preciso nem falar, não é?! Atendentes completamente ignorantes (falta de treinamento e capacitação contínuos e eficientes), muitas vezes impacientes (não é culpa deles). Com a Claro eu já tenho certeza que não consigo resolver nada em menos de 30 minutos. No outro dia foi cerca de 1h entre 4 telefonemas. Falei com duas pessoas (veja bem, 4 ligações => 2 atendimentos) e nenhuma sequer resolveu meu problema. Longe, muito longe disso. A claro me ligou quando iniciei o procedimento para a portabilidade. Expliquei o caso e a representante ofereceu "estamos melhorando" como desculpa. Legal, não?

Fui para a Oi e espero que seja melhor, mas não que seja boa. Sei que não é. A Tim já me teve como cliente no passado e foi a que me deu as piores dores de cabeça. Acabei fugindo do assunto. No fim as quatro operadoras oferecem serviços que sabemos que não são lá essas coisas, mas acabamos optando por uma que no mínimo nos oferece alguma vantagem. Não devia ser assim. Eles deveriam oferecer um bom serviço, você não acha? Não pagaria com gosto? Eu acho. Acredito que o problema de muitas empresas é crescer. Enquanto elas estão pequenas, estão próximas dos clientes e pensam em nós. Tentam fazer com que a coisa seja legal para todo mundo. Aí elas crescem e outras pessoas vão entrando na equipe e o foco muda. O foco é apenas o dinheiro e não a satisfação total do cliente. Me parece errado.

Acho que me distraí bastante nessa história de operadoras e serviços. Não quero mais falar sobre isso, só deixar claro que detesto essa sociedade nossa que simplesmente não liga de só termos acesso a serviços de péssima qualidade.

Olha, vou culpar o sono por este post, eu realmente não gostei dele. Mas vou deixar aqui para não acharem que eu sumi no mato.