quinta-feira, agosto 19

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Quem exatamente define se algo que a gente pensar é certo ou errado? Será que somos nós? Será que são os outros? Será que é a tal da TV? Ou quem sabe a internet?! Talvez, só talvez, seja nossa mente perturbada tentando prever o que as demais mentes perturbadas irão pensar do assunto.
Pensando nisso, por que disse perturbadas? Será que estou tentando ofender algo ou alguém? Ou será que apenas quero esconder no meio de todas estas frases com quase algum sentido certos pensamentos com sentido, mas que não penso em revelar?

Ontem estive relembrando minha época de, sei lá, 16 ou 17 anos. Até uma época anterior. Recordei do que eu fazia naquele tempo. Sim, naquele. Concluí que naquela época eu tinha mais inspiração para escrever qualquer coisa, porém um domínio da língua muito menor do que tenho hoje. Porém melhorei minha escrita, mas perdi minha... minha inspiração.

Numa certa aula de Língua Portuguesa na escola abri o livro e estava lá. Autopsicografia.
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
 Ler isso naquele momento da minha vida escolar foi absolutamente marcante. Pensei e senti tantas coisas. Apesar de ser de uma maneira um tanto maluca, essas  poucas linhas me fizeram entender tanto sobre mim mesmo, mas não quero entrar em detalhes. Lembrando disso tudo eu...

Na verdade evito tirar conclusões que me levem a pensar que a coisa tem piorado desde um tempo passado, porém acontece e não consigo parar. Aqueles pensamentos vêm e quando me dou conta...

Prometo que um dia conto tudo.

Ah, sim. Fernando Pessoa!

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