Daí despertei para uma coisa hoje mais cedo. Pensar e fazer são coisas diferentes. Bem diferentes. Por exemplo, se há uma pilha de louça suja na minha pia, pensar em lavá-las e desejar com todo o coração que elas fiquem limpas magicamente não vai resolver nada. Se eu ficar nessa por muito tempo, em breve devo encontrar baratas e formigas andando pela minha pia e pelo meu chão. Eu não gosto de baratas nem de formigas.
Apenas pensar em algo não quer dizer muita coisa, quer? O que importa não são as ações? Sempre vivi, ou pelo menos tentei, fazendo as coisas que acho certas e pregando aquilo que acho certo. Alguns me julgam por isso e dizem que as coisas não são assim (alô, mãe?!). Outros me elogiam e dizem que estou "certinho". E há os que dizem coisas que não entendo.
Pensar nisso tudo me deixa com uma série de dúvidas. Há ocasiões nas quais não posso fazer aquilo e que acredito. E como fica? Será que estou meio que me traindo? Ou será que me render a certas convenções da sociedade em conflito com minhas convicções é aceitável e incentivado para um melhor relacionamento com a comunidade? Até que ponto devo ligar para isso, aliás? Porque eu e a comunidade não temos um relacionamento assim tão bom. Tentamos ser simpáticos um com o outro, educados e polidos, mas eu sou prático demais para ser muito "político" (talvez não seja a palavra adequada), e ela não tem muita paciência para os meus caprichos impaciência.
Não consigo não pensar nestas coisas estranhas. Se tentar, estarei pensando. No entanto sou muito capaz de controlar muitas das minhas ações, menos as mais explosivas e revoltadas.
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