domingo, outubro 2

Aglomerações, 9 e hospital.

Acho que sou um sujeito nervoso. Acho também que muita gente acha isso. Disseram-me. Alguns incentivaram a seu modo, outros não. Outros me acharam calmo. E me disseram isso. Outros me disseram que sou outro por aí e que não posso ser apenas um, mas não do tipo da faculdade. Desconfiei disso e neguei, mas não sei. Acho que o fato de ser nervoso, mas só com um bom motivo [PARA MIM], talvez dê uma melancia e um limão ao mesmo tempo, mas não quero julgar. Sequer sei porque estou pensando no assunto. Inclusive estou achando muita coisa, vou parar com isso que acho que achar não leva ninguém a lado nenhum, exceto a coisas que não devem ser achadas, haha.

Ontem fui dormir muito cedo, não foi normal. O resultado foi levantar ainda mais cedo hoje. E para ser ainda mais estranho, choveu! Para fechar, eu vi TV. Resolvi beliscar um sanduíche e dei uma olhadinha rápida no Fantástico. Vi umas 3 reportagens, e passou um pedacinho do Rock in Rio. Cara, quanta gente. Digo que posso gostar o quanto for de uma banda qualquer, mas não tenho coragem de encarar aquela multidão. Não consigo imaginar aquele monte de gente ao meu redor. É tão apertado e cheio... e gente pulando, pisando no seu pé, lhe dando cotovelada, joelhada, testada e fazendo outras coisas que prefiro não pensar muito.
Sou um desses sujeitos que gostam de ficar em casa, cuidando da sua vida. Talvez ouvindo uma boa música, vendo um bom vídeo. Um joguinho ocasional, uma leitura interessante, uma discussão construtiva, um copo de suco de laranja. E não é que o tal suco de laranja me lembrou do nome Juliana!? Preciso resolver isso. E escrever sobre o assunto me lembrou de chá, que por sua vez me lembrou outro nome e é melhor parar de escrever tudo o que me lembro. Incrível como as coisas vão surgindo na cabeça da gente. Tenho dúvidas se é assim como todo mundo. Às vezes eu gostaria de poder ler mentes só para saber como a cabeça das outras pessoas funcionam. Aliás acho que já escrevi isso aqui em algum lugar. Às vezes também acho que tem alguém por aí que pode ouvir o que estou pensando. E tentando esconder pensamentos maldosos, por assim dizer, eu penso em outros ainda piores, porque não consigo evitar. E fico imaginando o que tal pessoa estaria achando de tudo isso. É ser paranoico isso?

Que será que tem de tão interessante lá fora? Ah, estou me fazendo de bobo, eu sei o que há lá fora. Não tudo, claro, sou bem reservado (ouso dizer careta), mas eu converso de vez em quando. Ainda assim não é tão atraente. É claro que o problema é comigo, não sou egocêntrico suficiente para achar que eu estou certo e o resto do mundo são verdadeiros babacas. Mas o que deve importar para mim é o que eu acho, certo? E o que funciona para mim, tenho certeza de já ter falado isso para algumas pessoas algumas vezes. Lembro de falar para uma várias vezes, e para outra uma ou duas. Mas devo ter falado mais.

Na época de Os Normais por algum motivo eu não assistia, acho que era fraco e ia dormir muito cedo. Agora temos o youtube, eu vejo vez ou outra. Toquei no assunto pois estava me lembrando de certas manias minhas. E certas coisas que gosto e não gosto e que são, não sei, estranhas. E que discuti algumas delas com alguém outro dia e talvez tenha sido uma conversa estranha. É, tem coisa que não passa pela minha cabeça contar para outros. São coisas estranhas demais, mas acho que a coisa começa a dar certo quando começamos a ter conversas estranhas com as pessoas. Dão certo, que digo, com estas pessoas. O importante é não deixar ir embora, senão, alguns meses depois, são só duas pessoas que falaram de coisas estranhas no passado e que agora fica aquele clima esquisito. Mas depois falo mais sobre o assunto.

Algumas coisas estão mudando. Umas para melhor, como o meu computador, haha. Outras para pior, como os novos temas do blogspot. Alguém já deu uma olhada? São bacanas, com uns efeitos legais, mas péssimos de personalização, lentos e que escondem algumas coisas que eu gostaria que ficassem por aqui, como a lista de blogs que acompanho. Muitos são meio parados, claro, mas são todos bacanas. Não boto qualquer um ali.

Quando sentei aqui tinha uma sensação estranha, um vazio ou algo assim. Pensei em algo para desenvolver ao longo da digitação. Eu iria começar exatamente como comecei e inserir aquele pensamento aos poucos. Acontece que fui lembrando de outras coisas, digitando e acabei esquecendo da coisa original. Agora fico com essa sensação de que não vou dormir enquanto não me lembrar do que se trata.

Estive pensando que já participei de alguns processos seletivos nesta vida. Alguns bons, alguns regulares e outros terríveis. Quero contar o mais terrível deles, mas por enquanto estou me sentindo muito "político" para fazer isso. Trabalho é uma coisa complicada, você sabe. Talvez não saiba, mas isso não é da minha conta.
Estava discutindo com a Rê a respeito ontem (Rê, para quem não sabe, é a senhora minha mãe). Disse a ela que existem algumas coisas que não abro mão enquanto trabalhador. Uma delas é a flexibilidade de não ficar preso a um horário medido em horas, minutos e segundos. Se me dizem para chegar as 9h, eu não vou chegar 9h. Posso chegar 9h04, 8h52, 9h18 e por aí vai, mas não 9h. Não que eu queira desafiar o famigerado número 8, não é isso. Eu gosto dele, o acho bem simpático quando fala sobre a família, mas, sejamos francos, eu não sou nem pretendo ser recepcionista, vendedor, atendente de telemarketing e similares. Para a empresa funcionar ela não precisa que eu chegue num horário em particular. Essa é uma das coisas que me fazem gostar do que eu faço. A possibilidade de ter um horário flexível.
Disse a ela que eu não sou pontual com o mesmo compromisso todo dia, mas que em retorno também não me importo de fazer algo a mais ou em horários não previamente acordados. Vê? Funciona para os dois lados. Ela quis comparar com algum professor qualquer da USP, veja só, que tem uma mãe doente e que estava gastando muito no hospital particular. Não aguentou pagar e deu uma conversada com o pessoal do hospital público, que deu um jeito de acomodá-la lá, gratuitamente, é claro, sem passar por todo o processo que os meros mortais têm de passar se forem fazer o mesmo. Deixei claro que me parece uma comparação completamente descabida e uma meia hora de conversa foi necessária para que ela cedesse. Imagino que pelo cansaço e não por ter concordado comigo. Odeio quando não terminam a conversa, mas enfim.. já falei de mais por hoje.

Comportem-se, meninos.

2 comentários:

Nu disse...

Também acho que podem ler meus pensamentos. Acho que assistia x-men demais.

Ana Andreolli disse...

se lessem meus pensamentos, putz grila eu tava ferrada!

tentarei me comportar =p