segunda-feira, novembro 22

Férias!

"O peixe-babel", disse O Guia do Mochileiro das Galáxias, baixinho, "é pequeno, amarelo e semelhante a uma sanguessuga, e é provavelmente a criatura mais estranha em todo o Universo. Alimenta-se de energia mental, não daquele que o hospeda, mas das criaturas ao redor dele. Absorve todas as freqüências mentais inconscientes desta energia mental e se alimenta delas, e depois expele na mente de seu hospedeiro uma matriz telepática formada pela combinação das freqüências mentais conscientes com os impulsos nervosos captados dos centros cerebrais responsáveis pela fala do cérebro que os emitiu. Na prática, o efeito disto é o seguinte: se você introduz no ouvido um peixe-babel, você compreende imediatamente tudo o que lhe for dito em qualquer língua. Os padrões sonoros que você ouve decodificam a matriz de energia mental que o seu peixe-babel transmitiu para sua mente. 
"Ora, seria uma coincidência tão absurdamente improvável que um ser tão estonteantemente útil viesse a surgir por acaso, por meio da evolução das espécies, que alguns pensadores vêem no peixe-babel a prova definitiva da inexistência de Deus. 
"O raciocínio é mais ou menos o seguinte: 'Recuso-me a provar que eu existo', diz Deus, 'pois a prova nega a fé, e sem fé não sou nada.' 
"Diz o homem: 'Mas o peixe-babel é uma tremenda bandeira, não é? Ele não poderia ter evoluído por acaso. Ele prova que você existe, e portanto, conforme o que você mesmo disse, você não existe. QED*.' 
*Do latim quod emt demonstrandum (como queremos demonstrar). (N.T.) 
"Então Deus diz: 'Ih, não é que eu não tinha pensado nisso?' E imediatamente desaparece, numa nuvenzinha de lógica. 
"'Puxa, como foi fácil', diz o homem, e resolve aproveitar e provar que o preto é branco, mas é atropelado ao atravessar fora da faixa de pedestres. 
"A maioria dos teólogos acha que este argumento é uma asneira, mas foi com base nela que Oolon Colluphid fez uma fortuna, usando-a como tema central de seu best-seller Sai Dessa, Deus. 
"Enquanto isso, o pobre peixe-babel, por derrubar os obstáculos à comunicação entre os povos e culturas, foi o maior responsável por guerras sangrentas, em toda a história da criação." 
ADAMS, Douglas. O Guia do Mochileiro das Galáxias. Rio de Janeiro: Sextate, 2004.

Bom, eu não tinha mais o que escrever, e eu tentei, mas não deu muito certo. Na verdade esse trecho simboliza meu dezembro. Por que? Simples, porque tenho férias do trabalho, acaba a faculdade e eu não terei absolutamente nada para fazer e nenhuma preocupação. Isso quer dizer que posso me dedicar à leitura, se eu quiser. Talvez artes ou quem sabe fazer lindos trabalhos com cerâmica! Estou tão animado \o/.

Fiquem com Deus!

2 comentários:

Nu disse...

Não vejo a hora de dezembro chegar. Quero muito, muito, muito que as férias comecem logo.

Ana Andreolli disse...

eu ADORO FIM DE ANO! hahahaha

nossa cerâmica, nunca vi ng falar "nossa hj vou fazer cerâmica" uhauahuahuaauhauahau