segunda-feira, março 7

Preguiça e Fome

Quanta vergonha. Vi os números de fevereiro e, bom, não é porque é o mes mais curto, compreende?! Acho que é falta de vergonha mesmo. Hehe, não me julguem, já faço bastante isso.

Comecei um post no meio da semana passada, falei sobre alguns assuntos, mas não me agradaram. Não pude fazer um trabalho razoável e como ele já tinha ficado grande, achei que não deveria fazer você perder o seu tempo lendo aquilo. Iria me sentir mal, compreende!? Talvez volte nele algum dia. O bom da Google é que ela salva tudo.

Tenho umas duas coisas aqui para pensar e digitar ao mesmo tempo. Não sei se vou seguir em frente com ambas, mas vou tentar. Espero que você se divirta (é, é você mesmo).

Estava aqui cuidando da minha vida como sempre e de repente me surge alguém perguntando o endereço do meu blog (esse aqui). Não havia nada de novo, e eu avisei. Me senti desconfortável, afinal ela já havia lido o anterior e disse coisas boas. Gosto quando dizem coisas boas. Por que não tenho nada de novo para oferecer? Isso me fez voltar a pensar em algo que já havia pensado algumas vezes pela tarde. Voltei ao Linux por problemas de memória e mudei o wallpaper. Não sei descrever exatamente como é a figura que coloquei da forma que ela é para mim, mas me lembrou meus tempos mais jovens, bem mais jovens. Algo em torno de 13 ou 14 anos atrás. Talvez mais. Me fez lembrar do céu, dos prédios, dos carros que eu via quando andava pela rua, acompanhado da Rê, é claro. E realmente olhava para todas estas coisas. Todas elas. E  esta figura me lembrou o céu daquela epoca. O céu era diferente. Era bonito, tinha cores engraçadas, cores calmas. Talvez o céu continua o mesmo, quem mudou fui eu. Desviei do assunto. Essa semana começou essa coisa de chover todo dia, todo o tempo. Conversei com alguém a respeito e concordamos que chuva boa é aquela que cai quando estamos na cama e o som dela atingindo nossos telhados, e os telhados dos vizinhos, e os carros, os baldes e o que mais estiver entre o céu e o chão, é algo atrativo, convidativo, até emocionante. E aí lembrei daqueles tempos bons novamente, os mesmos 13 ou 14 anos atrás. Chovia, eu ficava dentro de casa, talvez com um livro cheio de figuras e olhava pela janela para ver como a água levava as coisas embora, e alguns aventureiros com guarda-chuvas. Era bobo naquela epoca, talvez seja até hoje. Quando percebo que hoje ainda gosto disso, mas acabo não vivendo me faz ter uma espécie de desgosto de mim mesmo. Me ocupo com vidas falsas, criadas para o meu entretenimento, e me esqueço que a minha está por aqui e que devo dar mais atenção para ela. E quando percebo já perdi a chance, ou parece que sim, e a fadiga (melhor dizer preguiça) não me deixa fazer mais nada. Isso me deixa muito aborrecido, mas aparentemente não o suficiente para me fazer mudar.

Devo avisar que posso estar meloso hoje, andei vendo filmes e seriados que aparentemente não deveria ter visto, então... bom, você pode parar quando quiser, eu não vou te culpar, sério mesmo. Tire um tempo para você.

Ontem, lá pelas 23h, terminei meu banho, fui para a intimidade da minha cama, que me compreende. Lá, depois de alguns segundos, pensei em algo para escrever aqui finalmente, mas fiquei com preguiça de ligar o computador então deixei por isso mesmo. Acordei hoje de manhã com tantas coisas para fazer que perdi a vontade de tentar colocar aqui, mas acho que voltou. Não sei como isso começa, como termina, como é o meio. É um assunto complicado. Sei que no meio do dia, ou da noite, quem sabe da manhã, tudo que consigo ver é um saco vazio. Com o tempo fui perdendo, ao menos é o que percebo, aquela habilidade especial de sentir certos, bem, sentimentos. Talvez a habilidade de identificá-los, quem sabe. Algo não está mais aqui e é o que sei. Alguns anos atrás disse para alguém que não poderia dizer exatamente o que sentia, pois não sabia se era real ou se apenas imaginava como era. Era uma coisa que já tinha me passado pela cabeça várias vezes antes da ocasião onde foi preciso oferecer tal explicação, mas não torna aquela momento em particular menos confuso para mim. Aliás todos os momentos que se relacionam com aquele assunto. Acho que nunca senti de verdade, e talvez esse seja o problema. Ou talvez nunca soube que sentia, o que é outro problema. Para ilustrar um pouco o que quero dizer, imagine o seguinte: você nasce e desde o seu primeiro segundo nesse mundo nunca, digo nunca, teve fome. Fome mesmo, não vontade de comer. De repente você conhece alguém que sente fome de verdade, ou melhor, você passa por uma situação qualquer que te faz sentir fome. Muita fome. E você percebe que o que você pensava ser fome até então, não era nada. Não sei se fui feliz no meu exemplo, pois de acordo com ele eu estaria com fome. Mas não estou, este é o caso. Eu sei o que é a fome. Sei como ela deveria se apresentar para mim, qual e a sensação, mas não provei ainda. Não testei. Não consigo ser claro sobre esses assuntos, não tanto quanto sou sobre bolinhas de papel com formatos suspeitos ou as benditas teclas 6 dos telefones domésticos. É uma área mais complicada, justamente por não saber se eu sei do que estou falando ou não. Aliás não sei nem se posso esperar que alguém entenda o que estou querendo apresentar da maneira que quero apresentar, mas acho que é o melhor que posso fazer. Gosto de incentivar a imaginação das pessoas e deixar que pensem o que quiserem, mas às vezes, só às vezes, gostaria que experimentassem minha visão, meu tato, meu paladar, minha audição... Mas isso é impossível e é o que torna cada vida peculiar e interessante.

Obrigado!

Acho que não foi bem o que queria, mas está melhor do que aquele que abandonei e melhor que o nada. Não é!?

3 comentários:

Nu disse...

meus números de fevereiro também estão uma vergonha.
fico sem graça quando descubro o quanto de gente conhecida lê meu blog e o tanto de asneiras eu escrevo nele.

Ana Andreolli disse...

aí eu vou te dizer que vc precisa de um par e vc vai me achar mto louca por aconselhar isso, ou convencida de te dizer isso só pq eu já tenho um...

mas sabe, acho que vc precisa de um par.

mas não um número qualquer, um que seja bem diferente de vc, que tenha bastante coisa pra discordar, e que saiba dividir a visão, o tato o paladar, e a intimidade da sua cama.

Unknown disse...

Boa noite Snhor...estou passando por acaso, alias por acaso não q o acaso não existe, tenho q concordar com a Ana precisa se soltar e deixar acontecer para ver q os sentimentos ainda estão ai e vivo...para isso acontecer arrume um par.

bjs saudades dos velhos tempos da SEMAS daquela sala maluca...rsrsrs


Daniela Bó