sexta-feira, fevereiro 4

Propagandas e respeito (ou falta dele)

Nossa, e lá se foi outro mês. Não foi dos melhores, mas também não foi dos piores. É aquele meio amarelo, sabe!? Outro dia eu vim aqui. Cliquei no nova postagem, digitei umas 5 linhas, enquanto conversava com alguém no MSN ou no Facebook e... bom, meu humor é sensível e tem palavras que não deveriam ser usadas.

Outro dia estava vendo TV. Não é muito comum me encontrar por aí vendo TV. Acho que tinha um filme interessante no Fx. Aliás, filme não, era the Office. Eu gosto de the Office. Aí vieram as propagandas. Eu não gosto de propagandas. Raramente me fazem querer comprar um produto, seja lá qual for. Eu gosto de descobrir o produto por aí, experimentar, falar "esse é do bão!". Mudei de canal e acho que no Universal ou no... aquele do 47. Ambos também estavam com as benditas propagandas. Desliguei a TV e fui procurar outra coisa para fazer. Tem alguma coisa nas propagandas que me deixa bastante perturbado. Acho que é a cara feliz das pessoas dos comerciais de refrigerantes. Pensei tempos depois, quando estava vendo um outro seriado qualquer no computador, que o charme de assistir nele é que não há propagandas. Não há erros de gramática inesperados (na TV você não espera que tenham sido descuidados, não é!?), não tem aquela agonia de ter que esperar para ver o que vai acontecer na próxima semana e podemos ir ao banheiro a qualquer momento, rever aquele tombo na hora. Apesar de todas as vantagens a falta de propagandas é especial. Acho que é porque nas propagadas da TV eu tenho tempo de pensar em outra coisa, quando não estou dizendo "que propaganda ridícula". No PC não. Aqui eu não preciso pensar em nada e não quero pensar em nada. É assim que vivemos, não é!? Não pensando em nada. Pergunto-me se é assim com todo mundo.

Será que falei sério?

Outro dia vi um vídeo de um certo professor e... bom, não lembro o nome do camarada, mas eu "fui com a cara dele". Ele estava falando sobre a educação brasileira. Uma das coisas nas quais dispensei um pouco mais de atenção era sobre a relação de respeito que há (ou não) entre o professor e o aluno. Perguntou, o sujeito, para os convidados do evento quem se lembrava de quando estava na escola receber o professor de pé. Eu não sou desse tempo e por isso acho esse comportamento um tanto estranho, mas... faz a gente pensar não é!? E ele também falou da TV. É comum em certas famílias (talvez na maioria? esmagadora?) a TV estar ligada na novela ou outra coisa, mas algo sendo discutido entre as pessoas que de fato estão no cômodo. Acho que ele falou do Jô. O Jô está na TV, falando com a gente e nós simplesmente falando com nossas mães ou sobrinhos sobre o que aconteceu no último domingo. E  o respeito com quem está falando também, onde fica? E a gente se acostuma com essa coisa de sempre ter alguém falando no fundo e quando vamos ver achamos que temos o direito de conversar na aula, nas palestras, nos cursos, na missa...

Falei de respeito ali em cima e me lembrei de uma coisa que vivia pensando nos meus tempos mais novos. Na época da escola, principalmente, já que eu lidava com muito mais pessoas, lembro que a maioria dos meus colegas chamava os pais de senhor e senhora. Os que não chamavam ou eram rebeldes ou... bom, era isso. Sempre me intrigou esse tipo de tratamento e eu nunca havia chamado minha mãe de senhora (agora é Rê). Já não basta ser mãe? Aí perguntei para uns e outros o porquê disso e disseram que é respeito. Eu acho estranho que o simples ato chamar alguém de senhor ou senhora sirva para demonstrar respeito. Me parece meio falso, sabe!? Penso que os nossos pais sabem do nosso respeito pro eles por outros motivos, não só porquê chamamos de senhor e senhora. Quando você trabalha com público não é comum você chamar as pessoas assim também? Por que exatamente você respeita essas pessoas que nem conhece? Às vezes são os piores monstros da face da terra e você lá todo cheio de respeito por aquele amontoado de ossos, carne e gordura. Não, acho que ali no meio da família há coisas mais importantes que essas palavrinhas. Família é intimidade, não é!? Certa vez o Alan fez um discurso muito bonito relacionado. Disse ele que hoje em dia todo mundo é amigo de todo mundo. Pessoas que se vêem duas vezes, na terceira já estão aos beijos e abraços e quando chamamos alguém de amigo parece que... não tem mais o mesmo efeito, entende!? Friendship. Bonito, não é!? É uma bela palavra e o significato é tão encantador quanto. Mas o verdadeiro, não essa coisa que a juventude pratica enlouquecidamente. É por isso que tenho um imenso cuidado ao dizer que fulano é meu amigo. Eu sou um sujeito complicado, sabem disso, e gosto de me apegar a certas definições e... Putz, está tarde e eu tenho que dormir.

Dessa vez não planejei nada, comecei a digitar e terminei. Que esteja razoável. Vou revisar a gramática MUITO POR CIMA e dormir.

Fiquem com vocês!

4 comentários:

Ana Andreolli disse...

hahahaha o seu blog é daquele diários msm, que a gente começa num assunto e termina em outro!!

Raissa D. disse...

o bom de não planejar o que vai escrever é que as palavras vão simplesmente saindo e o resultado tá aí, diversos assuntos e muito bem escritos :)

Unknown disse...

propagandas sao chatas, ainda mais quando ficam repetindo, variam volumes e sao a todo momento.
mas elas deixam o produto na sua cabeça, em uma escolha voce via optar por esse que voce conhece o nome.

Alex disse...

ou não...eu sempre procuro na net antes, as vezes vou até na loja pra ver de perto...no fim vale a pena.

Amigos...complicado chamar alguém assim. E quando dizem que eles são a família que a gente escolhe. Meu deus, eu já nem sei o que o povo pensa sobre família. Eu ainda acredito ser impossível encher mais de uma mão de amigos.